O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, na Assembleia Legislativa, na Horta, que os Açores registaram na última década “um notável progresso de produção científica”.
Fausto Brito e Abreu, que intervinha num debate sobre política científica nacional, frisou que esse progresso é notável em todas as métricas, designadamente no número de investigadores, no número de doutorados por habitante e no número de publicações por doutorando.
“O que o Governo Regional vai fazer no futuro é o que tem feito”, frisou Fausto Brito e Abreu, salientando que "o que tem sido feito, tem produzido resultados tangíveis em termos de produção”.
O Secretário Regional alertou, no entanto, para o “caráter irreversível dos efeitos de algumas das medidas” que estão a ser tomadas nesta área pelo Governo da República.
Fausto Brito e Abreu criticou designadamente a “destruição” de centros de investigação e o êxodo de investigadores nacionais, adiantando que se atingiu em Portugal um nível a partir do qual “não conseguiremos reter esses centros de saber”.
O uso e abuso do estatuto de bolseiro para reter investigadores qualificados, a falta de progresso académico nas universidades e a escassez de dotações orçamentais foram outros aspetos da política científica nacional criticada pelo Secretário Regional.
“Este caráter de irreversibilidade transcende algo que se possa reverter com uma mudança de ciclo político e um aumento de dotações orçamentais para centros de investigação”, frisou, razão pela qual, segundo o Secretário Regional, o Governo dos Açores “manterá oposição à política que está a ser preconizada pelo Governo da República”.