O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia destacou, na Horta, o “importante papel” que o submarino LULA 1000 e a Fundação Rebikoff-Niggeler “assumem no conhecimento e exploração dos ecossistemas de mar profundo nos Açores”.
Fausto Brito e Abreu, que falava quinta-feira durante uma visita ao catamaran Ada Rebikoff e ao submersível LULA 1000, um dos 10 veículos tripulados que existem no mundo com capacidade para mergulhar a 1.000 metros de profundidade, frisou que “alguns dos estudos científicos realizados no mar dos Açores só foram possíveis graças a este submarino tripulado”.
“O Governo Regional, através da Direção Regional dos Assuntos do Mar, tem colaborado com a Fundação, contratando 20 horas de imersão por ano, cerca de quatro mergulhos, para estudos oceanográficos”, afirmou o Secretário Regional, assinalando “o elevado potencial que as amostras de organismos do mar profundo têm para a indústria de biotecnologia marinha”.
Para Fausto Brito e Abreu, “esta é a altura ideal para pôr os olhos no nosso mar profundo e apostar na exploração dos nossos recursos marinhos, para gerar mais riqueza e emprego na Região", salientando que “este equipamento fascinante poderá ser importante para uma série de estudos de ecossistemas de grande profundidade que têm enorme interesse científico e económico a explorar no futuro”.
Algumas missões realizadas pelo LULA 1000 têm contado com a participação de equipas de reportagem de várias estações televisivas que procuram os Açores e a Fundação Rebikoff-Niggeler para capturar imagens marinhas únicas e de elevada resolução para documentários de Natureza e Vida Animal Selvagem.
“Sei que cadeias de televisão internacionais, como a BBC, fazem documentários sobre vida submarina no Atlântico e têm já pré-reservados alguns mergulhos no LULA 1000, o que é uma mais-valia para a Região porque, além de fazerem divulgação da cultura científica, promovem os Açores e as potencialidades dos nossos mares”, frisou o governante.
O LULA 1000, operado pela Fundação Rebikoff-Niggeler, sedeada no Faial desde 1994, já realizou meia centena de mergulhos em múltiplos habitats do mar profundo dos Açores e tem desvendado e mapeado ambientes marinhos até então desconhecidos.
Algumas das atividades deste submersível no mar açoriano decorreram no âmbito de protocolos celebrados com o Governo Regional e com o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.