O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente anunciou, na Horta, que o Governo dos Açores vai desenvolver um projeto de Rede de Observação de Aves, tendo hoje sido autorizada a contratação dos serviços do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP), através do Centro do IMAR, da Universidade dos Açores, para esse efeito.
“Este projeto visa a valorização do nosso património natural e a promoção de um turismo ornitológico sustentável e responsável no arquipélago dos Açores”, frisou Luís Neto Viveiros, que falava na inauguração do trilho e da requalificação ambiental da área envolvente da Reserva Natural do Morro de Castelo Branco, na ilha do Faial.
Luís Neto Viveiros salientou que “serão desenvolvidos Roteiros Interpretativos para todas as ilhas, um Guia de Turismo Ornitológico e um Código de Boas Práticas, que se prevê estejam disponíveis dentro de um ano”.
“Através desta iniciativa, possibilitamos o surgimento de mais um produto de animação turística, que vem permitir às empresas locais diversificar a sua oferta”, afirmou.
O titular da pasta do Ambiente realçou também que a obra, simbolicamente inaugurada no Dia da Freguesia, “introduz um conceito novo nos Açores, o das ‘paisagens sonoras noturnas’, através da construção de um pequeno auditório ao ar livre para o visitante poder ouvir o canto noturno do cagarro, sem dúvida um dos sons mais característicos dos Açores”.
Cerca de 70% da população mundial desta ave marinha nidifica nos Açores, sendo que se localiza na zona do Morro de Castelo Branco a maior colónia da ilha do Faial.
O projeto de requalificação do Morro de Castelo Branco teve um custo de cerca de 200 mil euros e envolveu a parceria da Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente com diversas entidades, assegurando condições de acessibilidade pedonal para a visitação desta estrutura geológica.
“A visitação a este importante local que, até 2001, era um depósito de resíduos a céu aberto, entretanto removidos por ação do Governo dos Açores, estava extremamente condicionada devido à degradação do acesso”, recordou Neto Viveiros.
Depois do combate à flora invasora naquela área, iniciado em 2012, a Direção Regional do Ambiente desenvolveu o projeto de arquitetura paisagística concretizado este ano e que contempla o acesso para pessoas com mobilidade reduzida.
“Através da cooperação e da conjugação de vontades, conseguimos fazer mais e conseguimos fazer melhor”, frisou Neto Viveiros, referindo-se, nomeadamente, ao poder local por considerar que as freguesias “são as células do crescimento harmonioso que pretendemos para a nossa Região”.