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Requalificação das margens da Lagoa das Furnas
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Ecologia e estética
A recuperação de toda a flora na margem Sul da Lagoa das Furnas foi sujeita a uma notável recuperação paisagística. Uma grande parte da área estava coberta por vegetação invasora, tendo-se procedido à limpeza e desmatação. As margens encontravam-se fortemente desprovidas de vegetação nativa, existindo apenas algumas espécies indígenas esporadicamente dispersas pela paisagem.
Durante a implementação deste projeto de Arquitetura Paisagista, autoria da PROAP, procedeu-se à reintrodução de mais de 3000 plantas, representantes de 10 espécies de flora endémica e nativa, aumentando significativamente a biodiversidade. Estabilizaram-se os taludes da Ribeira do Rosal, através de sementeiras de prado e implementação de faxinas com vimes, que servem como fonte da matéria-prima para artesões locais e para fomentar estruturas de Land Arte. Os taludes desta ribeira, anteriormente expostos à erosão pela força da água e à invasão por espécies indesejáveis, foram regularizados de forma a terem inclinações que permitem uma melhor gestão da área, alargando, deste modo, os anteriores estrangulamentos que originavam uma erosão acrescida. Ao longo das margens da Lagoa foram feitas sementeiras de prados e relvados com mistura de trevos, que fixam azoto do ar e não exigem adubações. Como o prado é um habitat mais rico em biodiversidade do que o relvado, nas margens da Lagoa das Furnas deixou-se a Natureza criar uma abundante cobertura herbácea. O reduzido número de cortes moto-manuais aumentou a biodiversidade de lepidópteros, além disso permitiu a poupança de recursos e combustíveis fosseis. O acesso à margem Sul tem sido condicionado apenas a viaturas de serviço e utilizadores com mobilidade reduzida, assim permitindo aos visitantes desfrutar da Natureza, a pé ou de bicicleta, na calçada e nos caminhos de erva recortados no vasto espaço de prado florido.
Reabilitação de ruínas
O edifício do Centro de Monitorização e Investigação das Furnas foi construído no âmbito da requalificação das margens da Lagoa das Furnas, e assenta sobre o local de implantação das antigas ruínas de um hotel. Este projecto, da autoria do Arqt.º mundialmente (re)conhecido, Manuel Aires Mateus veio, numa outra perspectiva, dar visibilidade à Lagoa das Furnas, desta feita numa vertente arquitetónica, além da ambiental e cénica que lhe é normalmente atribuída. O edifício contemporâneo funde com a paisagem envolvente, através do seu revestimento a basalto, rocha vulcânica da região. Venceu o Prémio Internazionale Architetture di Pietra 2011 - XII edizione, na cidade italiana de Verona, mas ainda antes da sua inauguração, já fazia parte de publicações nacionais e internacionais nas revistas “Blue Design, “House Traders”, “Casabella” e “El Croquis”.
Este edifício dispõe de uma área de investigação, monitorização e desenvolvimento de projectos, da qual fazem parte, uma sala de trabalho, pequenos gabinetes de apoio. Contempla também um auditório para a realização de workshops e seminários e uma ampla sala destinada à realização de exposições. O edifício adjacente ao Centro é constituído por quatro residências temporárias preparadas para acolher investigadores e colaboradores convidados a auxiliar o projeto em curso. Complementarmente a este pólo principal de atividades, existem áreas exteriores adjacentes: zona de merendas e estadia, instalações sanitárias, parque de estacionamento e um amplo espaço verde com vista privilegiada sobre a Lagoa, onde os visitantes podem contemplar a paisagem e desenvolver atividades de lazer.
Demolição de estruturas abandonadas na margem da Lagoa das Furnas
Local da construção do Centro de Monitorização e Investigação das Furnas (CMIF)
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