O Secretário Regional dos Recursos Naturais afirmou hoje que a assinatura do Protocolo de Colaboração entre o Governo dos Açores e a Uniqueijo para a recuperação financeira da cooperativa e das suas indústrias associadas, assim como para a implementação de um Plano de Sustentabilidade da Fileira do Queijo de São Jorge, representa “um primeiro passo” e não “um fim em si mesmo.”
“O Governo dos Açores assumiu nesta ilha o compromisso e a disponibilidade para ajudar na reestruturação e no aperfeiçoamento da gestão do setor de lacticínios de São Jorge”, afirmou Luís Neto Viveiros, acrescentando que isso foi feito “ao longo dos últimos meses, em estreita colaboração”, com a Direção da Uniqueijo.
Luís Neto Viveiros, que falava após a assinatura do protocolo nas instalações fabris da cooperativa, nas Velas, frisou que se trata de “um ponto de partida”.
O Secretário Regional homenageou a Direção da Uniqueijo, as suas associadas e os produtores da ilha pelo seu “compromisso de empenho” neste processo de recuperação, que não prevê “transferência de dinheiros públicos”.
“Vamos, contudo, encontrar formas de ajudar a Uniqueijo do ponto de vista da sua gestão, da procura de novos mercados e da valorização dos seus produtos, para que possa tirar mais rendimento do que vende e, dessa forma, satisfazer os seus compromissos perante fornecedores e produtores”, assegurou.
O Secretário Regional explicou ainda que será “constituída uma comissão de apoio técnico à gestão da Uniqueijo, naturalmente em absoluto respeito pela sua autonomia, de modo a garantir os propósitos” estabelecidos no protocolo.
“Apoiamos também, ao abrigo deste protocolo, a Uniqueijo nas negociações junto da instituição bancária que a financia, para a libertação de verbas que satisfaçam compromissos mais imediatos desta União de Cooperativas e para o prolongamento do prazo contratado para liquidação dos créditos bancários, permitindo que o seu reembolso represente um encargo fixo mais reduzido”, acrescentou.
Paralelamente, a Secretaria Regional dos Recursos Naturais vai manter e implementar medidas que contribuam para a valorização e promoção dos produtos de qualidade que são produzidos pelas cooperativas dos Açores que, considerou Neto Viveiros, constituem “uma das formas de organização que contribui para ultrapassar a persistência de algumas debilidades ainda existentes nos domínios da inovação produtiva e tecnológica das explorações e das unidades de transformação, ou no acesso aos mercados externos”.