A Diretora Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural alertou hoje, em Ponta Delgada, para o facto de, “cada vez mais”, a qualidade dos produtos agrícolas ter por base "parâmetros ecológicos”, que o Governo dos Açores incentiva.
“A qualidade dos produtos agrícolas tem, cada vez mais, por base parâmetros ecológicos, honrando obrigatoriamente os princípios da proteção integrada, com vista à preservação dos ecossistemas agrários e ao fomento da biodiversidade, pilares fundamentais para uma Região como os Açores”, afirmou Fátima Amorim, que falava no seminário sobre O Uso Sustentável dos Produtos Fitofarmacêuticos.
Para a Diretora Regional, “a agricultura açoriana deverá ser ainda mais reconhecida pelo seu caráter multifuncional, não se limitando a uma agricultura cuja função é a mera obtenção de produtos transacionáveis, mas também voltada para a produção de bens e serviços sociais e ambientais”.
Fátima Amorim sublinhou que a reforma da Política Agrícola Comum pós-2013 tem como principal objetivo promover um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo que permita responder aos desafios da segurança alimentar, às alterações climáticas e ao crescimento e emprego nas zonas rurais.
Por outro lado, salientou que, com “uma maior exigência em produtos alimentares de elevada qualidade e variados, que reflitam normas rigorosas em termos de segurança, qualidade e saúde, verifica-se uma valorização dos produtos locais”.
“A atualização regular dos conhecimentos sobre estas temáticas, dos técnicos e agricultores” é, por isso, “uma prioridade nas políticas delineadas pelo Governo dos Açores”, assegurou Fátima Amorim, acrescentando que a Secretaria Regional dos Recursos Naturais “continuará a investir na formação, cujas ações permitirão aos formandos desenvolver as competências inerentes à sua função ou profissão”.
Na intervenção que proferiu no seminário, que contou com mais de uma centena de participantes, a Diretora Regional apelou ainda a “todos os agentes envolvidos no armazenamento, manuseamento, preparação e aplicação de produtos fitofarmacêuticos” para que atuem “de forma responsável e competente.”
Os produtos fitofarmacêuticos destinam-se a proteger as plantas das doenças, pragas e infestantes e são utilizados em explorações agrícolas e florestais, zonas urbanas e de lazer e vias de comunicação, pretendendo-se conciliar a sua utilização com outras formas de intervenção económica e ecologicamente justificáveis, e minimizando os riscos para a saúde humana e o ambiente.
Na próxima quinta-feira, realiza-se um segundo seminário sobre a mesma temática, no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, pelas 9h00, que também conta com a colaboração da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas, Valorfito e Inspeção Regional das Atividades Económicas.