O Presidente do Governo garantiu hoje que o seu Executivo quer continuar a ser um parceiro do setor agrícola de São Jorge com o objetivo de vencer os desafios da maior profissionalização de toda a fileira do leite, da qualidade dos produtos e do melhor aproveitamento comercial da Denominação de Origem Protegida do queijo produzido nesta ilha.
“Com determinação, persistência, confiança e muito trabalho é perfeitamente possível que este setor contribua ainda mais para a criação de riqueza e de emprego nesta ilha e na nossa Região”, afirmou Vasco Cordeiro, na cerimónia que assinalou o 70.º aniversário da Finisterra – Cooperativa de Lacticínios do Topo, que conta com cerca de 90 associados e tem 27 funcionários.
Na sua intervenção, o Presidente do Governo considerou que, para isso, é imprescindível reforçar a profissionalização da gestão de todos os intervenientes desta cadeia, desde a produção e a indústria até à comercialização do produto final.
Vasco Cordeiro elencou ainda outro desafio, que passa por manter uma forte aposta na qualidade do produto, frisando que nesta componente “não se pode ceder um milímetro” em toda a cadeia do leite.
“Nós só temos a ganhar se reforçarmos cada vez mais a imagem do setor leiteiro como um setor que coloca a qualidade dos seus produtos acima de tudo”, defendeu o Presidente do Governo, acrescentando que outro desafio a vencer tem a ver com um melhor aproveitamento para os agricultores do valor comercial da Denominação de Origem Protegida do Queijo de São Jorge.
“Temos trabalho que nos pode congregar a todos nessa tarefa de ultrapassar estes desafios”, disse Vasco Cordeiro, salientando que o novo Quadro Comunitário de Apoio apresenta oportunidades para o setor agrícola, mas exige também um “caminho de grande rigor no aproveitamento e na utilização dos fundos comunitários que, ao longo dos próximos sete anos, vão estar disponíveis”.
Nesse sentido, frisou que “aquilo que o próximo QCA traz para os Açores será aproveitado, por parte do Governo, para a criação de condições que possam dar uma melhor sustentabilidade, desenvolvimento e competitividade ao setor agrícola da nossa Região, incluindo o setor leiteiro”.
Vasco Cordeiro reafirmou ainda que o desafio da alteração do regime de quotas obriga a que os agricultores, a indústria e o Governo “se centrem naquilo que depende de nós” com vista ao aumento da competitividade de toda a fileira.