O Diretor Regional da Agricultura afirmou, em Vila do Porto, que o reconhecimento da Meloa de Santa Maria como produto IGP (Identificação Geográfica Protegida) “não é um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida”, representando, por isso, uma “responsabilidade acrescida”.
Fernando Sousa salientou que se trata de uma “nova etapa” para os produtores, “pelos critérios que terão de cumprir relativamente à produção”, mas também para a comercialização, “a quem cabe encontrar mercados que valorizem este galardão”, e para o Governo dos Açores, no que se refere à “disponibilização de meios, dentro das suas competências”, dotando os agricultores de meios e conhecimentos para o aproveitamento desta oportunidade.
Para o Diretor Regional, que falava segunda-feira no Seminário sobre Produção Integrada, organizado em parceria com a AgroMarienseCoop e que reuniu cerca de uma centena de agricultores nas instalações da cooperativa, a realização desta iniciativa “é um desses contributos”.
“Hoje, os desafios da nossa agricultura passam por conseguirmos posicionar-nos em mercados que valorizam a qualidade”, frisou Fernando Sousa, acrescentando que “é por isso que o Governo dos Açores continua a fazer uma grande aposta na formação dos agricultores”.
"Este é o rumo que definimos e que vamos continuar a seguir para uma agricultura na Região cada vez mais sustentada, baseada em maior conhecimento, que permita trazer um maior retorno aos produtores”, afirmou, destacando o simbolismo da entrega de certificados de formação a cerca de 60 agricultores de Santa Maria que frequentaram ações ministradas em 2014.
Atualmente, está a decorrer em Santa Maria um curso de pastagem e forragens para 16 agricultores, a que se seguirão cursos de boas práticas de produção de bovinos de carne e gado caprino e ovino, além de um curso de gestão da exploração.
Estes módulos integram o Curso de Jovens Agricultores, permitindo assim o acesso aos incentivos disponibilizados no PRORURAL+ para a primeira instalação.
A produção integrada é um sistema agrícola de produção de alimentos e de outos produtos alimentares de alta qualidade, com gestão racional dos recursos naturais e privilegiando a utilização dos mecanismos de regulação natural em substituição de fatores de produção, contribuindo, deste modo, para uma agricultura sustentável.