O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente destacou hoje, na Graciosa, o investimento dos jovens agricultores açorianos neste setor, salientando que, só este ano, já apresentaram três dezenas de projetos que são apoiados em mais de um milhão de euros no âmbito do PRORURAL+.
Luís Neto Viveiros, que falava à margem de uma visita à exploração de bovinicultura de leite de uma jovem agricultora, na freguesia de Guadalupe, afirmou que o “dinamismo” do setor deve “ser incentivado” e que a modernização das explorações contribui para a sua competitividade.
Nesse sentido, salientou a aprovação, este ano, de cerca de 150 novos projetos em toda a Região, num investimento global de cerca de 15 milhões de euros “só na modernização das explorações agrícolas”.
No âmbito do novo Programa de Desenvolvimento Rural, o Prémio à Primeira Instalação de Jovens Agricultores na Região foi reforçado, passando de 35 mil para um máximo de 50 mil euros.
Relativamente às taxas de cofinanciamento para investimentos nas explorações agrícolas nos Açores, situam-se entre os 50 e os 75%, quando no território do continente são de 30 a 50%.
Para o titular da pasta da Agricultura, o investimento feito na modernização da exploração que visitou no âmbito da visita estatutária do Governo à Graciosa, e que contempla um parque de alimentação, uma cisterna de água, uma sala de ordenha, um tanque de leite e sistemas de limpeza, “é um exemplo daquilo que se deve fazer na Região”, tendo em vista dois objetivos.
“Por um lado, a redução dos custos de exploração”, por via da modernização ou da adotação de “melhores técnicas de maneio”, entre outras, e, por outro, conseguir, por parte da agroindústria, “a diferenciação dos produtos açorianos”, frisou.
Para Neto Viveiros, desta forma será possível “fazer valer, desde a pastagem até à prateleira do supermercado, estes valores que são únicos nos Açores”, nomeadamente a produção à base de erva e o pastoreio dos animais ao ar livre durante todo o ano.
Esta caraterísticas, frisou o Secretário Regional, têm “um valor imenso” nos mercados e, por isso, devem ser exploradas.