O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje, na Horta, que os agricultores, as associações e todos os agentes das fileiras produtivas "podem contar com a determinação e empenho de toda a equipa da Agricultura e Florestas" para contribuir para "a melhoria do rendimento dos agricultores e o reforço da competitividade de toda a fileira”.
João Ponte, que falava na Assembleia Legislativa, na apresentação do Programa do Governo, considerou que “é absolutamente necessário” que o setor cresça, em inovação, na diversificação e valorização dos produtos e, em consequência, em vendas e penetrando em novos mercados.
O Secretário Regional comprometeu-se ainda, contando para isso com as organizações de produtores e a indústria, a intensificar a defesa das especificidades do setor agrícola dos Açores junto da União Europeia, para uma melhor adaptação das medidas da PAC às caraterísticas e constrangimentos particulares da agricultura açoriana.
O Governo Regional, segundo João Ponte, vai proceder à avaliação e atualização do PRORURAL+, do POSEI e de outros instrumentos de política agrícola em função das necessidades evolutivas do setor.
Na produção de leite, o caminho passa por acrescentar valor a esta fileira estratégica, gerando mais receita e contribuindo para a reposição do rendimento dos produtores.
Nesse sentido, o Centro Açoriano de Leite e Laticínios tem, frisou o Secretário Regional, um papel preponderante na definição das estratégias que visem campanhas de promoção e divulgação do consumo do leite e laticínios dos Açores, bem como estimular a indústria a incrementar processos de investigação, inovação e valorização dos seus produtos.
Relativamente à fileira da carne, o Governo Regional vai consolidar a transformação ocorrida, impulsionando este setor para novos níveis de competitividade, estimulando os abates no arquipélago e a exportação de carcaças e de carne embalada.
João Ponte afirmou que, durante esta legislatura, “a rede regional de abate ficará concluída e requalificada", dotando a Região de uma "rede de abate modernizada e com capacidade de resposta às exigências cada vez maiores do mercado consumidor”.
Nas áreas da diversificação agrícola, como a produção de hortofrutícolas e florícolas, o Governo dos Açores “pretende revitalizar as produções tradicionais e aquelas produções em que a Região é deficitária, de acordo com o potencial endógeno de cada ilha”, frisou.
Na fileira da vinha e da produção de vinho, a exportação vitivinícola arrancou nos últimos anos, de forma consistente, com um potencial de exportação para 20 países, assegurando João Ponte que o Governo dos Açores vai prosseguir o desenvolvimento desta fileira, reforçando a sua notoriedade nacional e internacional.
No domínio dos caminhos agrícolas, abastecimento de água e eletrificação, o Governo Regional vai prosseguir a qualificação das infraestruturas de apoio às explorações agrícolas, que beneficiará agricultores em todo o arquipélago.
Para João Ponte, é também fundamental “dar continuidade a medidas de apoio e fomento do emparcelamento, reestruturação fundiária e rejuvenescimento agrícola, na certeza que o aumento e concentração das áreas das explorações são determinantes para a melhoria do rendimento”.
Igualmente essencial é “reforçar a componente económica da fileira florestal, através da promoção de uma gestão que vise a valorização dos produtos da floresta e o aumento da competitividade do setor na Região, com recurso à conquista de novos mercados".
João Ponte reafirmou ainda “a disponibilidade do Governo Regional para conjugar esforços e sinergias com o Poder Local", tendo em vista "melhorar as acessibilidades e o abastecimento de água e, desta forma, facilitar a vida a quem todos os dias trabalha para o crescimento e valorização da atividade agrícola”.