O Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos homenageou o movimento cultural inovador de valorização da “arte sem pedestal”, a qual considera que veio preencher um hiato existente ao nível da arte pública dos Açores. De acordo com José Contente, este conceito cultural representa uma “ruptura com os processos de globalização, de homogeneização cultural e materializa o novo pensamento destes jovens, que imprime uma nova configuração de modernidade às nossas ilhas”.
José Contente, que presidiu ontem à tarde à cerimónia de abertura do festival Walk&Talk Azores 2012, que decorre em Ponta Delgada, elogiou os jovens artistas responsáveis pela organização do evento. O festival de arte pública pretende valorizar a cultura açoriana através do respeito pelo património e pela educação artística, potenciando a abertura da comunidade local a novas realidades. Para o Secretário Regional este é um “novo movimento bem alicerçado por jovens que podem e devem dar um cunho diferente aos nossos espaços públicos”.
Além de contribuir para a transformação da Região num destino impar no circuito cultural internacional, o Festival Walk&Talk reúne artistas de todo o mundo nos Açores. Segundo o governante, estas são pessoas que “não vêem a paisagem como pano de fundo, integram antes a paisagem na sua arte” e, por isso, “devem continuar a ser apoiados porque nós nos Açores podemos e devemos ter novos artistas que representem as novas formas de pensamento porque isso é que é inovação”.
José Contente realçou ainda a importância dos jovens que trabalham pelo desenvolvimento da sua terra com o intuito de construir “uns Açores mais modernos, que contam com a força criativa da juventude”. Acrescentou também que é preciso ter “sensibilidade e bom senso para se poder abraçar projetos desta natureza, mas também é preciso sentido de inovação, coragem, vontade de mudar as coisas em termos positivos”.
O festival, que transforma anualmente a ilha de São Miguel num palco privilegiado para as manifestações de arte contemporânea, conta já com mais de 150 pessoas e entidades envolvidas na sua produção e tem o apoio do Governo Regional dos Açores. “Nós vamos continuar a apoiar estes projetos porque eles significam também uns Açores novos, diferentes, uns Açores mais modernos e sem medo de participar neste movimento de modernidade mundial que hoje, aqui, já congrega muita gente”, sublinhou José Contente.