O programa Educação Empreendedora – O Caminho do Sucesso, ao longo das suas seis edições, já contou com a participação de cerca de 500 professores e 13.000 alunos, de 45 escolas das nove ilhas dos Açores, num investimento total do Governo Regional que ascende 450 mil euros.
Este programa, destinado a alunos de todos os graus de ensino – básico, secundário e profissional – visa incutir nos jovens o espírito empreendedor e desenvolver a iniciativa, a cooperação e a competitividade, decorrendo hoje na Universidade dos Açores em Ponta Delgada, a edição deste ano do Concurso Regional Ideiaçores, um dos pontos altos deste programa, envolvendo equipas de 33 escolas, num total de 93 participantes que ali apresentam as melhores ideias de negócio perante um júri especializado.
Na sessão de abertura, a Secretária Regional Adjunta da Presidência para os Assuntos Parlamentares salientou que “a educação para o empreendedorismo, porque investe nas pessoas e aposta na aquisição de ferramentas orientadas para potenciar a criatividade, a iniciativa e a tomada de decisão, é hoje um recurso inestimável na formação das crianças e jovens”.
“A importância que a promoção do empreendedorismo assume nos dias de hoje convida-nos a investir na dinamização de uma cultura de persistência e de um espírito criativo e inovador, permitindo uma sociedade mais ativa e empenhada na criação de emprego e de novas empresas, mas também na conceção de soluções inovadoras para novos desafios, problemas e necessidades”, frisou Isabel Rodrigues.
Na sua intervenção, a Secretária Regional manifestou a convicção de que este projeto, já consolidado, “tem permitido lançar sementes para um desenvolvimento sustentável do arquipélago e um futuro cada vez mais próspero e solidário na Região”.
Por seu lado, o Secretário Regional da Educação e Cultura salientou que “o conhecimento e a inovação são as molas do desenvolvimento”, frisando que a escola “é a casa do conhecimento” e a empresa “o albergue da inovação”.
Avelino Meneses referiu, no entanto, que “a produção do conhecimento exige uma boa dose de inovação, enquanto que o estímulo da inovação deriva da utilização do conhecimento”, defendendo, por isso, que “deve haver uma grande inter-relação entre as escolas e as empresas”.
“Só com grande cooperação entre as escolas e as empresas é possível que o conhecimento produzido pelo sistema de inovação tenha impacto significativo na economia. Só com grande cooperação entre as escolas e as empresas é possível a difusão de uma cultura de inovação que contribui para o aumento com sustentabilidade da competitividade empresarial”, afirmou.
Nesse sentido, frisou que se exige das empresas “maior abertura, que facilite a transferência de tecnologia e depois a admissão de diplomados e de estudantes”, e das escolas “uma mudança de atitude para que os diplomados de amanhã sejam mais promotores de empreendimento do que propriamente mendigos de empregos”.
Para Avelino Meneses, se este encontro de posições se verificar, “ganha naturalmente a escola, que evidencia, cada vez mais, a sua inequívoca utilidade pública, ganham igualmente a sociedade e as empresas, que ficarão muito mais capazes de enfrentar os desafios da sociedade de conhecimento”.
“Nesta época de ebulição do Estado Social e de contenção da administração pública, resta uma oportunidade para a iniciativa dos cidadãos, serem empreendedores”, afirmou o Secretário Regional da Educação e Cultura, acrescentando “empreendedores capazes de construir o próprio emprego, capazes de produzir emprego para mais alguém”.
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