Som é qualquer variação de pressão que o ouvido pode detetar. Quando uma fonte sonora, como um diapasão, vibra, provoca variações de pressão no ar ambiente, que se sobrepõem à pressão do ar.
Comparada com a pressão do ar (em Pascal), a variação da pressão sonora é percetível pelo ouvido humano na gama de 20mPa a 100 Pa, para um indivíduo médio em plena posse das suas capacidades auditivas.
É usual exprimir o nível de pressão sonora em decibel, dB. O decibel é uma razão logarítmica entre a pressão sonora verificada e o valor de referência. A escala de valores de nível de pressão sonora varia entre 0 dB (limiar da audição) e 140 dB (limiar da dor).
A sensibilidade do ouvido é maior para as frequências médias, predominantes na voz humana. Para reproduzir essa sensibilidade utiliza-se um filtro de ponderação de frequências, que corrige o valor final para unidade de decibel corrigido, dB(A).
Quando se pretende efetuar cálculos de níveis de ruído expressos em decibel, há que ter em conta a natureza logarítmica desta escala de valores. Uma variação de 3 dB(A), por exemplo, é facilmente identificável e corresponde à duplicação da fonte sonora; uma variação de 10 dB(A) é muito considerável: corresponde à multiplicação por 10 de uma mesma fonte sonora.
A medição dos níveis sonoros é efetuada com recurso ao sonómetro, equipamento que também calcula o nível médio para um determinado intervalo de tempo. O nível sonoro contínuo equivalente, Leq, é o indicador básico de ruído.
Ruído é um som desagradável ou indesejável. A perceção do ruído depende das pessoas, dos momentos e dos locais. É por isso que é difícil determinar objetivamente a incomodidade provocada pelo ruído.
O ruído é uma das principais causas da deterioração da qualidade do ambiente urbano. Os transportes são os principais responsáveis por essa deterioração, embora o ruído de atividades industriais e comerciais também possa contribuir significativamente em situações pontuais.
O controlo de ruído pode ser efetuado na fonte, no meio de transmissão e no recetor.
De acordo com vários estudos efetuados, é reconhecido que, para um mesmo nível sonoro, a percentagem de pessoas incomodadas é mais elevada relativamente ao tráfego aéreo, seguido do rodoviário e por último o ferroviário, este último inexistente na Região Autónoma dos Açores.
Ao nível dos efeitos diretos sobre a saúde humana, designadamente sobre o sistema auditivo, este raramente é afetado pelos níveis sonoros relacionados com o Ruído Ambiente. Os efeitos mais frequentes traduzem-se em perturbações psicológicas ou fisiológicas associadas a reações de stress e cansaço. O ruído interfere com a comunicação e provoca perturbações no sono, na capacidade de concentração e hipertensão arterial.
Poderá consultar informação adicional sobre ruído ambiente na publicação da Agência Portuguesa do Ambiente "O Ruído e a Cidade".
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