O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente destacou hoje, na Horta, o envolvimento de vários departamentos do Governo dos Açores no combate à praga das diversas espécies de térmitas e as parcerias estabelecidas, nomeadamente com a Universidade dos Açores (UAç), assim como a importância do necessário empenhamento das autarquias.
“As térmitas são um problema de todos nós e, portanto, não se resolvem com intervenções isoladas, resolvem-se sim ou, pelo menos, minimizam-se ao máximo, com uma ação conjugada como temos vindo a fazer e em crescendo”, frisou Neto Viveiros.
Designadamente, referiu, “colocando mais armadilhas, mais esforço no seu combate” e congregando as intervenções do Governo dos Açores, através das direções regionais do Ambiente e da Habitação”, com o “das autarquias e com um parceiro privilegiado que é a UAç”.
Segundo o governante que falava numa conferência de imprensa, seguida de uma instalação de uma primeira armadilha para térmitas subterrâneas, vai ser desencadeado na ilha do Faial “um procedimento idêntico aqui, nesta zona [Porto Pim], exatamente com o objetivo de podermos ter sucesso idêntico” ao atingido na ilha Terceira, com recurso às mesmas técnicas.
A presença da espécie Cryptotermes brevis (térmita de madeira seca), em várias habitações da cidade de Angra do Heroísmo, na Terceira, da cidade de Ponta Delgada em São Miguel, e cidade da Horta, no Faial, já atingiu um estatuto de praga, estando a sua presença igualmente confirmada na vila de Calheta, em S. Jorge, nas freguesias de Santa Cruz das Ribeiras e Calheta do Nesquim, do Pico, e freguesias da Maia e Vila do Porto, em Santa Maria.
Este projeto estende-se, assim, a todas as zonas onde a térmita subterrânea foi identificada.
Após dez anos de investigação científica, com um investimento público e privado significativo, existe conhecimento técnico na biologia das espécies conhecidas na Região e de estratégias para o combate das térmitas, tendo sido publicado, em 2010, legislação sobre o combate às térmitas nos Açores e regulamentação dos apoios para requalificação ou reconstrução de edifícios afetados pelas térmitas.
O Sistema de Certificação de Infestação por térmitas (SCIT) foi criado para assegurar a aplicação e conformidade das inspeções de bens móveis e imóveis no que respeita à determinação da existência de infestação por térmitas, certificar os processos e os operadores de desinfestação dos edifícios, identificar medidas corretivas ou de redução de risco de infestação aplicáveis aos edifícios e seu recheio e aos materiais.