A elaboração do Inventário Regional de Emissões por Fontes e Remoções por Sumidouros de Poluentes Atmosféricos (IRERPA 2018), com dados relativos a 2016, seguiu as metodologias oficiais definidas pelo IPCC e adotadas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Para este exercício definiram-se cinco setores: (1) Energia, (2) Processos Industriais, (2) Agricultura, (4) Usos do solo e Florestas e (5) Resíduos e Águas Residuais.
As emissões na RAA em 2016 totalizaram 1,76 Mt CO2eq., tendo o setor Uso de Solo e Florestas sido responsável por um sequestro líquido de cerca de 0,75 Mt CO2eq., o que coloca as emissões líquidas da RAA em 1,01 Mt CO2eq.
O perfil de emissões por setor mantém-se razoavelmente estável entre 1990 e 2016, com o setor energia a representar um pouco mais de 50% das emissões. O setor agricultura é o que mais cresceu (+79% desde 1990) e aumentou em consequência o seu peso no total de emissões.
O perfil de emissões por gás de efeito de estufa mantém-se também razoavelmente estável, com o Dióxido de Carbono (CO2) a representar 51,7% das emissões e é também o que mais cresceu (+67,4% desde 1990), tendo aumentado, em consequência, o seu peso no total de emissões. O gás menos expressivo é o Óxido Nitroso, que representa cerca de 11,5% das emissões.
Fazendo a comparação com os totais nacionais, verifica-se que a RAA representa 1,6% das emissões totais nacionais. O perfil de emissões é, no entanto, bastante distinto, sendo as principais diferenças uma predominância na RAA muito mais marcada do setor Agricultura e uma quase ausência do setor Processos Industriais. Essas diferenças setoriais têm também expressão no perfil de emissões por gás, isto é, o peso de metano na RAA é substancialmente superior ao total nacional.