Saiba mais sobre o importante património geológico das Terras do Priolo, composto por diversos locais de interesse científico, pedagógico e turístico. Vulcões, caldeiras, campos fumarólicos, águas termais, fajãs, são alguns elementos caracterizadores do património geológico deste território e da Região.
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Descubra a geodiversidade e o património geológico das Terras do Priolo, nomeadamente os seus geossítios.
* Caldeira do Vulcão das Furnas [SMG1]
O vulcão das Furnas é um aparelho poligenético silicioso, encimado por um complexo de caldeiras de colapso, a maior das quais com 8 x 5,6 km de diâmetro máximo e mínimo, e onde se destacam a lagoa das Furnas, cones de pedra-pomes e de escórias, anéis de tufos, domos e diversas manifestações de vulcanismo secundário, como os campos fumarólicos junto à lagoa e ao povoado das Furnas. Nesta caldeira ocorreram duas erupções históricas, a última das quais no ano de 1630 A.D.
Nos seus andossolos termais faz-se o famoso “Cozido das Furnas” e são inúmeras as nascentes de águas termais, minerais e gaso-carbónicas na “hidrópole” das Furnas, onde se pode degustar estas águas ou tomar banho em poças e piscinas de águas quentes, de reconhecidas propriedades terapêuticas.
* Vale da Ribeira do Faial da Terra e Fajã do Calhau [SMG10]
A Ribeira do Faial da Terra estabelece, grosso modo, o limite entre os complexos vulcânicos da Povoação e do Nordeste. Assim, no lado nascente apresentam-se os testemunhos do complexo fissural basáltico do Nordeste (o mais antigo de São Miguel, com cerca de 4 Ma), com escoadas e escórias basálticas e inúmeros filões predominantemente basálticos, enquanto a poente encontram-se as rochas traquíticas de domos e coulées associados ao vulcão central da Povoação.
Em pleno vale da ribeira localiza-se a queda de água do Salto do Prego e a aldeia do Sanguinho, um pequeno núcleo de casas a que se acede por um declivoso trilho pedestre que parte do Faial da Terra. No extremo Este deste geossítio existe uma fajã detrítica - a Fajã do Calhau - no sopé de uma alta falésia com mais de 400 m de altura, que exibe diversos filões e uma praia de calhau rolado na sua base.
* Caldeira da Povoação [SMG 11]
A caldeira da Povoação é uma vasta depressão vulcânica aberta do lado Sul, com um diâmetro médio de 6,5 km e bordos regulares e suavizados, dada a sua idade mais antiga. O fundo da caldeira, inclinado para sul, é atravessado por diversos cursos de água importantes, cujo trabalho erosivo permitiu o escavamento dos seus vales e a formação de interflúvios mais ou menos desenvolvidos entre estes vales. Estes correspondem às conhecidas “7 Lombas da Povoação”: as lombas do Cavaleiro, Carro, Botão, Pomar, Loução, Alcaide e dos Pós, de Oeste para a Leste.
No leito e nas margens daqueles cursos de água, incluindo da ribeira do Purgar que atravessa toda a vila da Povoação, podem observar-se espessos afloramentos de ignimbritos, uma rocha vulcânica associada a escoadas piroclásticas emitidas durante erupções vulcânicas muito explosivas. Esta rocha foi muito utilizada em toda a ilha como “pedra de lavoura” (ou rocha ornamental) desde o início do povoamento, e até meados do século passado.
* Pico da Vara e Planalto dos Graminhais [SMG17]
O Pico da Vara, com a altitude de 1105 m, é o ponto mais alto da ilha de São Miguel e integra a serra da Tronqueira, um relevo de carácter montanhoso cortado por profundos vales onde correm ribeiras de regime torrencial (localmente designadas de “Grotas”) e algumas permanentes, como a ribeira da Salga, a ribeira Despe- te Que Suas e a ribeira do Guilherme, a mais importante deste sector. Esta elevada drenagem superficial e o forte entalhe dos cursos de água retrata, em grande parte, o vulcanismo antigo desta área da ilha de São Miguel, constituída maioritariamente por escoadas lávicas e piroclastos basálticos muito alterados.
O planalto dos Graminhais desenvolve-se sensivelmente a uma altitude de 900-950 m, ao longo do bordo norte da caldeira do vulcão da Povoação e estabelece a transição para os seus flancos. Esta zona está coberta sobretudo por piroclastos pomíticos (pedra pomes) emitidos dos vulcões siliciosos das Furnas e Povoação.
* Salto da Farinha [SMG 22]
A Ribeira das Coelhas desagua na costa norte da ilha de São Miguel, onde predominam arribas altas e escarpadas. Esta ribeira apresenta o seu troço inferior mais encaixado que o troço médio, com uma queda de água (um “salto”) de cerca de 40 metros a demarcar estes troços. Na foz da ribeira existe uma praia de calhau rolado e as margens do vale fluvial apresentam depósitos de vertentes mais ou menos desenvolvidos. O Salto da Farinha corresponde à referida queda de água, cujo topo exibe uma espessa escoada lávica basáltica e na sua base desenvolve-se uma “poça”. O nome Salto da Farinha vem da moagem de cereais que aqui se fazia antigamente.
No caminho de acesso ao miradouro e na zona de merendas, existente neste geossítio, pode observar-se uma disjunção esferoidal (ou em bolas) nas escoadas lávicas basálticas que aqui afloram, testemunho da antiguidade destes basaltos e, em geral, das formações geológicas da zona oriental da ilha de São Miguel.
* Vale da Ribeira Quente [SMG 24]
O curso de água “Ribeira Quente” nasce na caldeira do vulcão das Furnas e é alimentado por inúmeros afluentes, incluindo de águas quentes e férreas como é a ribeira Amarela, desagua na costa sul da ilha, na freguesia da Ribeira Quente. Ao longo desta ribeira existem quatro centrais mini-hídricas para produção de eletricidade (as centrais dos Tambores, Canário, Túneis e Foz), com as suas barragens e condutas forçadas. No encaixado vale por onde corre a ribeira Quente existem diversas fumarolas e nascentes de águas férreas, termais e gaso-carbónicas, que contribuem para a sua coloração amarelada e águas tépidas.
Estas fumarolas podem observar-se junto aos taludes da estrada regional à entrada da freguesia ou, no mar, na zona fronteiriça à praia, assegurando um convidativo banho de mar.
As altas vertentes sobranceiras à freguesia apresentam diversas cicatrizes de movimentos de massa, enxurradas e escoadas de detritos, como os que ocorreram na madrugada de 31 de Outubro de 1997 e que causaram 29 mortes. Na estrada de acesso à Ribeira Quente podem observar-se diversas quedas de água em afluentes deste curso de água, destacando-se aquela que ocorre entre os dois únicos túneis rodoviários da ilha de São Miguel.
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