Resumo

O Estudo de Identificação e Caracterização das Paisagens dos Açores foi encomendado, em Março de 2000, pela então Secretaria Regional do Ambiente à Universidade de Évora, no âmbito do Programa Operacional Sudoeste Europeu/ Diagonal Continental – INTERREG IIC. Paralelamente, e através do mesmo financiamento, foi elaborado pela mesma equipa o estudo para Portugal Continental, por encomenda da Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, desenvolvido em sintonia com um trabalho equivalente para Espanha, de que se encarregou uma equipa da Universidade Autónoma de Madrid, por incumbência da Secretaria de Estado das Águas e Costas, do Ministério do Ambiente Espanhol.

Este estudo resultou numa publicação que elege a paisagem como tema central de análise no sentido da sua caracterização e apreciação, associando-lhe um conjunto de indicações quanto a valores e degradações, ameaças e orientações para a respectiva gestão da paisagem. O resultado deste trabalho é entendido, pela equipa que o elaborou, como uma primeira aproximação ao tema, necessariamente incompleta.

Respondendo a uma preocupação crescente em torno da temática da paisagem, e tendo em conta a ausência de uma visão integradora das vertentes ecológica, cultural, sensorial e económica, pretendeu-se com o estudo pioneiro de identificação e caracterização das paisagens dos Açores que todo o território fosse tratado de forma homogénea, com as mesmas bases de informação e os mesmos critérios. A identificação e caracterização de unidades de paisagem foi completada pelo diagnóstico das suas principais potencialidades e problemas, bem como da identificação das linhas orientadoras para a sua gestão, numa perspectiva integrada do ordenamento do território.

Uma vez concluído o estudo, e dada a importância de transmitir um novo entendimento quanto ao valor da paisagem, a Direcção Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos, considerou fundamental a divulgação do Estudo de Caracterização e Identificação das Paisagens dos Açores junto de um público mais vasto através de uma publicação de qualidade gráfica e com um carácter generalista. Deste modo, tentaram-se adaptar os aspectos de carácter excessivamente técnico e pormenorizado aos objectivos de divulgação propostos.