Realizou-se no passado dia 16, no Centro de Monitorização e Investigação das Furnas, o III Fórum de Turismo Sustentável nas Terras do Priolo, promovido pela Direção Regional de Ambiente no âmbito do processo da candidatura do Parque Natural de Ilha de São Miguel à Carta Europeia de Turismo Sustentável (CETS) para os concelhos do Nordeste e Povoação.
A elaboração desta candidatura compreendeu um processo participativo de análise e definição de estratégias conjuntas que promoveu o envolvimento de entidades públicas e privadas dos dois concelhos, tendo decorrido em diferentes várias fases que foram gradualmente concluídas: a Fase de Caraterização e Diagnóstico, a Fase da Estratégia e por fim a Fase do Plano de Ação. Com este último ambiciona-se a dinamização do desenvolvimento local, organizando e promovendo uma oferta turística sustentável, a qual integrando uma vasta rede Europeia, poderá mesmo vir a facilitar num futuro próximo a atração de mercados europeus especializados para as “Terras do Priolo”.
A implementação deste plano de ação pretende igualmente harmonizar a conservação das espécies e habitats naturais de enorme valor desta região com o seu usufruto por parte da população. Este galardão de renome internacional premeia a qualidade e cooperação entre todos os intervenientes: parceiros institucionais e agentes económicos e sociais locais.
Este processo de candidatura à CETS envolve um conjunto de diversas entidades públicas: Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, Direção Regional de Turismo, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Câmara Municipal do Nordeste, Direção Regional dos Recursos Florestais e ASDEPR, tendo surgido no âmbito do LIFE Laurissilva Sustentável, um projeto com fundos europeus e regionais que visa a conservação de áreas naturais nos concelhos da Povoação e Nordeste.
Presente no Fórum, o Diretor Regional de Ambiente, João Bettencourt, considerou que “hoje estamos na reta final de um ano de trabalho e podemo-nos orgulhar deste ano de cooperação e esforço conjunto em que trabalhámos para um objetivo comum e para garantir a sustentabilidade económica, social e ambiental deste território”.
Ainda para João Bettencourt “esta é uma candidatura forte e muito interessante que contou com a preciosa contribuição dos demais interessados e do tecido empresarial local, podendo vir a ser um modelo para outras áreas do Arquipélago”.