O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente destacou hoje, em Vila do Porto, na cerimónia de lançamento da primeira pedra da Casa dos Fósseis, o "potencial de exploração do património paleontológico" da ilha de Santa Maria, frisando que o Governo dos Açores pretende "projeta-lo no contexto internacional”.
Luís Neto Viveiros salientou que a Casa dos Fósseis “não é um projeto isolado”, acrescentando que “surge num contexto mais vasto que passa pela implementação da Rota dos Fósseis e pela criação do Paleoparque de Santa Maria”, por via do reconhecimento da Associação Internacional de Paleontologia (IPA).
O Secretário Regional adiantou que o projeto do Paleoparque, desenvolvido em parceria com o Grupo de Paleontologia da Universidade dos Açores, “deverá estar concluído até ao final do próximo ano, integrando ainda a realização, no terceiro trimestre de 2016, do 3.º Congresso Internacional Atlantic Islands Neogene”, que vai decorrer em Santa Maria.
Relativamente à da Rota dos Fósseis, o governante frisou que “foi concebida com base em critérios científicos e adaptada ao turismo de preservação, apresentando cinco trilhos – um deles, marítimo – de grande importância paleontológica e reveladores da evolução de Santa Maria”, ilha onde se encontra a maior jazida de fósseis a céu aberto do Atlântico Norte.
Para o Secretário Regional, esta perspetiva de complementaridade entre projetos disponibiliza “novos conteúdos às empresas que exploram o Turismo de Natureza e prevê o estabelecimento de parcerias com os empresários locais”, funcionando como “importante complemento à oferta turística já existente” e “aumentando a competitividade territorial de Santa Maria no contexto regional”.
A Casa dos Fósseis, anexa ao Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo, no núcleo histórico de Vila do Porto, vai integrar a rede regional de Centros Ambientais sob gestão direta da Região que, nos últimos dois anos, registou “um aumento do número de visitantes superior a 51%, passando de 67.527, em 2012, para 102.251, em 2014", revelou Neto Viveiros.
Além da empreitada de construção da Casa dos Fósseis, adjudicada por cerca de 284 mil euros com um prazo de execução de 10 meses, o Governo dos Açores vai desencadear o procedimento com vista à produção e montagem dos conteúdos expositivos, num investimento de cerca de 300 mil euros.