O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente afirmou hoje, na Horta, que o enterramento e posterior exumação do esqueleto de um cachalote para exposição na antiga Fábrica da Baleia de Porto Pim, é um projeto pioneiro nos Açores, desenvolvido pelo Parque Natural do Faial, em parceria com o Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores.
“É um projeto pioneiro na Região e tem como principal objetivo enriquecer o espólio” expositivo, após a obra de reabilitação que vai ser executada pelo Governo dos Açores na antiga Fábrica da Baleia, em Porto Pim, frisou Luís Neto Viveiros.
O titular da pasta do Ambiente, em declarações aos jornalistas, adiantou que os trabalhos se iniciaram esta semana na Reserva Florestal do Cabouco Velho e estão a ser liderados por um especialista holandês em necropsias de cetáceos, Bas Perdijk, seguindo-se o processo de recuperação do esqueleto.
Trata-se de um cachalote fêmea com 12 metros, que deu à costa da ilha do Faial, morto, em setembro de 2010.
Depois de devidamente estudado pelo DOP, os Serviços de Ambiente e do Parque Natural do Faial enterraram o animal a uma altitude de 500 metros, no Cabouco.
“Este trabalho permitirá melhorar o conteúdo expositivo” e contribuir para “melhorar o conhecimento desta espécie”, frisou Neto Viveiros, revelando que, no final deste mês, vão ser abertas as propostas do concurso para adjudicação da obra de reabilitação da antiga Fábrica de Porto Pim, um imóvel com 75 anos que ainda tem equipamento industrial original.
O projeto, num investimento estimado de 900 mil euros, prevê também a reabilitação da maquinaria existente.
A obra vai beneficiar as condições de visitação ao espaço, que irá funcionar como museu, centro interpretativo e sede do Observatório do Mar dos Açores.