A Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, através da Direção Regional do Ambiente, abriu concurso para uma empreitada de intervenção no Jardim Botânico do Faial, orçada em 385 mil euros e com um prazo de execução de cinco meses.
O concurso, hoje publicado em Diário da República, prevê a construção de um complexo de estufas climatizadas, constituído por duas estufas quentes e duas de sombra, e uma área central de plantas epífitas, para albergar espécies vegetais com necessidade de temperatura e humidade mais exigentes.
O projeto inclui ainda a criação, em espaço visitável, de um jardim com uma rede de caminhos pedonais e pontes que, ao longo do seu percurso, terão sinalética de caráter informativo sobre as espécies presentes.
Vai também ser construído um lago com vegetação caraterística de habitats húmidos e, numa cota mais elevada, um miradouro para observação do jardim.
Esta empreitada surge como forma de proteger as espécies que se encontram ameaçadas nos seus habitats naturais, tendo em atenção a manutenção de populações, o seu estudo e propagação e também, em particular, a proteção de espécies ameaçadas de habitats prioritários da Rede Natura 2000.
O Jardim Botânico do Faial, localizado numa antiga exploração agrícola de pastagens e pomares de laranjeiras da Quinta de São Lourenço, no Vale dos Flamengos, tem uma área de cerca de 8.000 m2 e presta um importante contributo científico, pedagógico, ecológico e de lazer.
A sua função, além de ser um local aprazível de visita obrigatória que contribui para a oferta turística da ilha, está primordialmente ligada à conservação botânica, destacando-se a conservação de plantas vivas e a preservação de sementes de espécies endémicas com vista à sua propagação e recuperação de habitats, assim como de sensibilização para a importância da riqueza florística natural dos Açores.