Diretora Regional dos Assuntos Europeus destaca potencial multiplicador do projeto Forward para as Regiões Ultraperiféricas
A Diretora Regional dos Assuntos Europeus considerou hoje, em Ponta Delgada, que o projeto Forward coloca a fasquia a um nível muito elevado, não apenas aos Açores, mas a todas as Regiões Ultraperiféricas (RUP).
“Mais do que o trabalho que desenvolvemos e desenvolveremos ao longo dos três anos de duração deste projeto, vejamos este projeto por aquilo que ele verdadeiramente é, ou poderá ser, um projeto estruturante e com potencial multiplicador”, afirmou Célia Azevedo, que falava na sessão de encerramento do workshop 'FORWARD 2020: +Capacitação, +Participação'.
Para a Diretora Regional, “é necessário pensar este projeto em duas dimensões, a dimensão interna regional e a sua dimensão externa”.
“Na sua dimensão interna, temos um projeto nos Açores que assume como ponto de partida uma inquestionavelmente necessária ligação entre Governo, através do Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia, a Universidade, centro de saber e de excelência, e a Câmara do Comércio, empresários e empresas, beneficiários e potenciadores de investigação e de inovação”, disse Célia Azevedo.
“A visão que nos levou a promover este trabalho em conjunto permitirá certamente aos Açores, com propriedade, baseados no diagnóstico conduzido através deste projeto, desenvolver outros projetos, captar outros investimentos, encontrar outros parceiros e dar assim continuidade a uma estratégia, fundada no conhecimento, de consolidação da presença nos Açores em projetos internacionais que tragam retornos tangíveis à Região e que se baseiem na excelência e nas mais-valias do arquipélago”, frisou.
A Diretora Regional dos Assuntos Europeus acrescentou que, na sua dimensão externa, “este projeto tem o mérito de se desenvolver entre pares”, ao reunir as nove Regiões Ultraperiféricas da União Europeia e integrar 24 parceiros representativos dos diferentes ecossistemas de inovação e investigação destas regiões.
“O estatuto da ultraperiferia, consagrado no Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, torna imperioso e desejável o trabalho conjunto entre estas Regiões - que partilham caraterísticas que lhes são próprias e que resultam da sua situação social e económica estrutural – e este projeto torna ainda mais real e ainda mais abrangente este trabalho conjunto”, afirmou Célia Azevedo, sublinhando que, através dele, existe “uma nova dinâmica baseada no aprofundar do conhecimento mútuo entre as RUP”.
Na sua intervenção, a Diretora Regional salientou ainda que “o projeto Forward comporta desafios e, para além do contributo que cada RUP traz e trará a este projeto, ele requer um imenso espírito de entreajuda entre as Regiões Ultraperiféricas”, pelo que, acrescentou, “só quando as nove Regiões Ultraperiféricas forem, de facto e de direito, parte integrante do espaço europeu de investigação, terá o projeto Forward cumprido verdadeiramente o seu objetivo”.
“Quando conseguirmos alterar o diagnóstico que serviu de ponto de partida a este projeto, quando afirmarmos que as Regiões Ultraperiféricas podem e sabem participar nos programas de investigação da UE, quando a excelência da investigação nas Regiões Ultraperiféricas for reconhecida dentro e fora de portas, teremos todos cumprido verdadeiramente os nossos objetivos”, frisou Célia Azevedo.