O Secretário Regional da Educação e Cultura afirmou hoje, na Horta, que o sistema educativo “é talvez o melhor baluarte” da defesa da genuinidade dos falares açorianos.
Avelino Meneses, que falava na Assembleia Legislativa durante a discussão de uma iniciativa que recomendava a proteção, dignificação e divulgação dos falares açorianos, frisou que “a preservação dos nossos léxicos dispensa a imposição de procedimentos e o artificialismo de todas as opções, porque elas gerariam a cristalização”.
Para Avelino Meneses, a cristalização “é o atributo maior” das línguas e dos dialetos mortos, já que “de facto, quando apenas determinada pela obstinação, a insistência na tradição conduz ao definhamento cultural que acarreta inevitavelmente o retrocesso material”.
“A defesa da cultura, da língua e dos falares implica um exercício de liberdade e uma prática de estudo”, frisou, realçando, a propósito, o trabalho de investigação e debate efetuado pela Universidade dos Açores.