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Portugal Espaço 2030 - Uma estratégia de investigação, inovação e crescimento para Portugal
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O sector do Espaço e a utilização de tecnologias, sistemas e dados espaciais em Portugal evoluíram substancialmente desde que Portugal se tornou membro da Agência Espacial Europeia (ESA) no final de 2000. A participação na ESA vem sendo promovida sobretudo pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, FCT, com a participação pontual do IAPMEI e da ANACOM, tendo possibilitado a criação e o crescimento de um conjunto de empresas e instituições científicas e tecnológicas.
Tendo em conta todas as incertezas que caracterizam um sector que evolui tecnologicamente de tal forma acelerado, muitas regiões e países têm vindo a definir novas estratégias de posicionamento estratégico, de modo a influenciar investimentos futuros no sector espacial. Isto é tão mais verdade quanto este sector tem o potencial de afetar um vasto leque de atividades humanas a nível global. O Governo dos Açores tem apostado no posicionamento da Região neste sector, patente nos investimentos que têm sido feitos em infraestruturas relacionadas com a temática e as redes internacionais em que é parceiro.
A estratégia nacional “Portugal Espaço 2030” é focada na resposta a desafios societais, centrada na exploração de dados, e tem por ambição estimular o investimento público e privado, reforçando a colaboração científica, industrial e internacional, procurando apontar o caminho para a maximização dos benefícios que o investimento em atividades espaciais proporciona para o desenvolvimento de novas fronteiras do conhecimento, as empresas e os cidadãos, contribuindo para o desenvolvimento socioeconómico e cultural. Esta estratégia assenta em três eixos principais a serem implementados de forma inclusiva em estreita colaboração com a ESA, a Comissão Europeia e outros parceiros internacionais relevantes: 1. Estimular a exploração de dados e sinais espaciais através de serviços e aplicações de base espacial e habilitadas por tecnologias espaciais, promovendo novos mercados e o emprego qualificado em áreas tão diversificadas como a agricultura, as pescas, a monitorização de infra-estruturas, o desenvolvimento urbano, a defesa e a segurança, e mesmo o sector da saúde pública;
2. Fomentar o desenvolvimento, construção e operação de equipamentos, sistemas e infra-estruturas espaciais e de serviços de produção de dados espaciais, com ênfase em míni, micro e nano satélites, mas também abrindo novas áreas de intervenção em Portugal para serviços de lançadores, incluindo o desenvolvimento potencial de um porto espacial, e alargando as actuais actividades de monitorização e rastreio de satélites e observação da Terra;
3. Continuar a desenvolver a capacidade e competências nacionais, através da investigação científica, inovação, educação e cultura científica, permitindo a sustentabilidade a longo prazo das infra-estruturas, serviços e aplicações espaciais.
O Governo dos Açores, através da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço, tem estado envolvido com o Governo da República na elaboração deste documento, garantindo que os interesses da Região nesta área são tidos em consideração.
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