O Parque Natural do Corvo colocou no centro da Vila, no Largo do Ribeirão, uma estrutura em madeira, com capacidade, para ‘alojar’ durante a noite, até 10 caixas com os cagarros salvos. Esta estrutura foi criada para dar resposta à necessidade, verificada em campanhas anteriores, da existência de um local onde os voluntários pudessem depositar os cagarros salvos.
Assim, a qualquer hora, os voluntários poderão utilizar as caixas de cartão vazias, que se encontram dentro da referida estrutura, para aí colocar as jovens aves.
Na manhã seguinte, os cagarros são recolhidos pelos técnicos do Parque Natural, para anilhagem, recolha de dados biométricos e libertação. O Centro de Interpretação Ambiental, além de funcionar como ponto de partida dos voluntários para as brigadas de salvamento, é também, o local onde se desenrolam as principais atividades relacionadas com a Campanha SOS Cagarro.
A esta iniciativa soma-se a preciosa colaboração das entidades parceiras, muitas das quais, desde há vários anos, têm contribuído decisivamente para que a Campanha SOS Cagarro, seja um exemplo de sucesso e de participação cívica no domínio da conservação da natureza. Entre essas entidades destacamos a Câmara Municipal do Corvo, as empresas Portos dos Açores, S.A. e Eletricidade dos Açores (EDA), e a Paróquia do Corvo, que durante a Campanha, se prontificam a efetuar a redução da intensidade luminosa, ou a diminuição do horário de iluminação, de modo a minimizar o impacte desses dispositivos nas aves.
Estas ações visam sensibilizar a população do Corvo para a necessidade de conservar uma espécie que aqui regista uma importante colónia de casais reprodutores de cagarros, que, segundo estudos recentes, o seu número ultrapassará os 10 000 casais.