A Campanha SOS Cagarro 2016 já arrancou em todas as ilhas dos Açores, e, este ano, com uma aposta na participação de turistas e numa metodologia “mais objetiva de recolha de informação sobre esta ave, através de brigadas científicas”, em colaboração com a Universidade dos Açores, os Parques Naturais de Ilha, organizações não governamentais e outras entidades, anunciou o governo regional dos Açores, promotor da iniciativa, em nota de imprensa.
Segundo o executivo açoriano, “pretende-se que a Campanha SOS Cagarro se assuma também como uma atividade participativa de ecoturismo, promovendo os Açores como destino sustentável, através de ações inclusivas de conservação ambiental”, e por essa razão, “os agentes turísticos da Região estão a ser sensibilizados para divulgarem esta iniciativa, permitindo assim que os turistas possam participar ativamente na campanha e contribuir para a proteção desta ave marinha”.
A iniciativa que se realiza desde 1995, visa a conservação destas aves marinhas emblemáticas, assim como a promoção da participação pública em eventos de sensibilização e educação ambiental”.
Durante os meses de outubro e novembro, os juvenis de cagarro começam a abandonar os ninhos e, ao serem atraídos por luzes artificiais fortes, ficam desorientados, podendo cair em locais de risco de atropelamento ou de predação. Por essa razão, neste período do ano, dezenas de brigadas percorrem as estradas dos Açores resgatando cagarros caídos que são posteriormente libertados durante o dia junto ao mar, depois de anilhados, onde iniciam a sua primeira grande migração anual para os mares do Atlântico Sul ou para as zonas produtivas do Atlântico Noroeste, explica uma nota do gabinete de imprensa do executivo açoriano.
A BirdLife International refere que os Açores acolhem todos os anos cerca de 200 mil casais de cagarros, que usam as ilhas do arquipélago, entre abril e outubro, para se reproduzirem. Com base no programa de anilhagem, já se provou que aves que foram salvas no âmbito das campanhas SOS Cagarro voltaram ao lugar onde nasceram para se reproduzirem.•
PG