O Diretor Regional das Comunidades destacou a importância das comunidades emigrantes dispersas pelo mundo, que considerou serem “verdadeiras embaixadas da Açorianidade”, desafiando os jovens a “conhecer e orgulhar-se" da história do povo açoriano, "que também se fez pela emigração”.
“Não podemos, nem devemos, circunscrever os Açores e a Açorianidade ao espaço das nossas ilhas. A nossa verdadeira dimensão e abrangência tem necessariamente de ter em conta os açorianos da diáspora e seus descendentes”, afirmou Paulo Teves, que falava terça-feira a alunos e professores do 7.º, 8.º e 9.º anos da Escola Mouzinho da Silveira, na ilha do Corvo.
Paulo Teves intervinha no âmbito do projeto "Vivências da Nossa Gente", que assinala o 60.º aniversário da emigração açoriana para o Canadá, salientando que “os jovens açorianos devem assumir um papel de maior relevância” na promoção da Região e das suas potencialidades, nomeadamente, através de uma “efetiva ligação aos jovens açor-descendentes espalhados pelo mundo”.
O projeto "Vivências da Nossa Gente", iniciado a 13 de maio, na cidade da Horta, pretende promover o conhecimento de histórias e percursos de vida dos emigrantes pioneiros, através de relatos que demonstram o quotidiano e vivências destes açorianos a partir dos anos 50 do século XX, nas suas terras de origem e nas cidades de acolhimento.
Este projeto já percorreu até agora oito escolas dos Açores, envolvendo mais de 700 jovens estudantes das ilhas do Pico, Faial, Santa Maria, São Miguel, Flores e Corvo.
Na quinta-feira, o projeto "Vivências da Nossa Gente" estará na Escola Secundária da Povoação, em São Miguel.
Entre 23 de setembro e 2 de outubro, a Direção Regional das Comunidades percorrerá as restantes 13 escolas da Região, nas ilhas de São Miguel (Laranjeiras, Antero de Quental, Domingos Rebelo, Ribeira Grande, Nordeste, Lagoa e Vila Franca do Campo), Terceira (Vitorino Nemésio, Jerónimo Emiliano de Andrade e Tomás de Borba), São Jorge (Calheta e Velas) e Graciosa.