Refletir, reduzir, reutlizar, reparar e reciclar têm de ser conceitos em agenda, afirma Diretor Regional do Ambiente
O Diretor Regional do Ambiente afirmou que é “fundamental uma mudanla de paradigma”, fazendo com que “o reaproveitamento sustentável e rentável dos produtos” esteja na agenda, num conceito de economia circular cujos os verbos dominantes têm de ser “refletir, reduzir, reutlizar, reparar e reciclar”.
“Há que promover a transição para um modelo circular de produção de bens e serviços, no qual os materiais retornam ao ciclo produtivo, transformando os resíduos em potenciais subprodutos ou em outros materiais, por via da sua reutilização, recuperação e reciclagem”, frisou Hernâni Jorge, que falava, na Ribeira Grande, na sessão de abertura do seminário 'Economia Circular e Transição para uma Economia de Baixo Carbono'.
Segundo o Diretor Regional, importa assegurar “uma economia circular onde os ciclos de vida dos produtos são otimizados - desde a conceção e desenho, ao processo de produção, aos consumos e à gestão dos resíduos – apenas daqueles que não foi possível deixar de produzir”.
“Nunca é demais sublinhar que esta nova forma de olhar o mundo e projetar a economia representa também uma enorme oportunidade com vários ganhos associados”, sublinhou Hernâni Jorge, acrescentando que se trata de “um círculo contínuo que traz benefícios para o ambiente, poupança para os consumidores, vantagens financeiras para os empresários e criação de emprego”,
O Diretor Regional referiu ainda que na nova agenda global está também o clima, “isto é, a necessidade de mitigação das emissões e de adaptação aos impactes das alterações climáticas”, dando nota de que os Açores estão “próximos de dispor de um instrumento de planeamento fundamental, que é o Programa Regional para as Alterações Climáticas (PRAC), e que assume uma visão estratégica concretizada em quatro dimensões-chave: conhecimento; mitigação; adaptação; e participação”.
“Este é um momento que tem de ser aproveitado pelos Açores através da afirmação de um modelo de desenvolvimento sustentável assente numa economia que garanta a eficiência na utilização dos recursos, de baixo carbono e que combata a depleção dos recursos naturais, que, para além de ser uma necessidade coletiva, deve constituir uma bandeira para o nosso futuro comum”, frisou.