O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente congratulou-se hoje, em Ponta Delgada, com a taxa de execução de 94% do POSEI já alcançada, considerando-a prova do “dinamismo e vontade dos agricultores” e de que nenhum apoio está a ser desperdiçado nos Açores.
“A Região já pagou 66 dos 70 Milhões de Euros de ajudas anuais” previstas no POSEI, revelou Luís Neto Viveiros que falava na sessão de encerramento do I Congresso Nacional de Jovens Agricultores.
“O mesmo é dizer, estamos a produzir bem” e “esses apoios não são desperdiçados”, destacou o titular regional da pasta da Agricultura, acrescentando que esse aproveitamento é feito por todas as produções, desde o “leite, carne, mel, vinho, flores, chá ou fruta”, como o ananás ou banana, mas não só, e hortícolas.
Na intervenção que proferiu, Neto Viveiros afirmou que os produtos açorianos “têm todas as condições de base para se imporem em mercados externos e em qualquer parte do mundo”, frisando que a sua “mais-valia não é a quantidade, mas a qualidade e terá que ser, também, a diferenciação!”, frisou.
Destacando que “o alargamento da base económica de exportação da economia regional” é uma prioridade estabelecida pelo Governo dos Açores, o governante realçou a “extrema importância” do setor agroalimentar regional para esse objetivo e para o qual, acrescentou, “já contribui significativamente a fileira do leite”.
Reiterando, contudo, que “reconhecer e acreditar” nas capacidades da fileira não pode “significar ignorar as reais dificuldades provocadas pelas sucessivas descidas dos preços do leite, ou ignorar a incapacidade imediata de escoamento, com rentabilidade, dos produtos”.
Neto Viveiros frisou também que não se pode “ignorar que a média regional de preços pagos aos produtores, antes do início desta crise, já era mais baixa do que a média europeia”, pelo que para “regiões ultraperiféricas e de montanha, em particular, têm que ser criados mecanismos adicionais neste período.”
“Liberalização não pode ser sinónimo de desresponsabilização ou desregulação por parte das instâncias comunitárias, colocando em causa a capacidade produtiva de regiões ou de Estados Membros”, afirmou o Secretário Regional referindo-se ao fim do regime de quotas leiteiras.
“Acreditamos nos nossos produtos, acreditamos na exportação e não abdicamos de procurar mercados alternativos ou de consolidar a nossa presença naqueles para os quais já vendemos, incluindo o nacional”, afirmou.
Porém, frisou, “esse retorno não é imediato”, “é a solução de futuro que pode, afinal, estar a ser posta causa se, no presente, a fileira não for apoiada”, alertou.
Para o Secretário Regional “defender e apoiar o setor Agrícola em cada uma das parcelas do território nacional” é, “além de defender a nossa capacidade produtiva e independência alimentar, preservar e promover também a nossa identidade”.
“Contribuindo para a criação de riqueza, emprego, para a fixação das populações em meio rural e, simultaneamente, para a preservação da diversificada paisagem cultural que caracteriza o território continental e as Regiões Autónomas portuguesas”, afirmou.
Luís Neto Viveiros assegurou ainda que o Governo dos Açores vai “continuar a criar todas as condições” ao seu alcance para que a “Agricultura regional reforce a sua competitividade e a sua imagem de marca, fortemente associada à qualidade e à natureza”.