Diretor Regional das Comunidades destaca importância dos grupos folclóricos na preservação da identidade cultural
O Diretor Regional das Comunidades afirmou que os grupos folclóricos assumem uma importância relevante, na medida em que “promovem a identidade de um povo", contribuindo para o "enriquecimento cultural e social das sociedades onde se encontram inseridos”.
Paulo Teves salientou que, segundo alguns estudiosos, a intervenção destes grupos na sociedade abrange diversas áreas, complementando-as.
“Têm responsabilidade na História, pois esta resulta do conhecimento popular; na Geografia, onde os fatores físicos e climáticos determinam a própria indumentária; na Sociologia, uma vez que o folclore, na sua dimensão social, representa um modo de pensar, sentir, agir e reagir de um povo; na esfera da Psicologia, porque interpreta o comportamento humano, além dos fenómenos mitológicos, lendários e simbólicos”, afirmou Paulo Teves, na intervenção que proferiu na sessão de abertura do "Congresso Mundial do Folclore: Comunidades e Lusofonia", na cidade da Praia da Vitória.
O Diretor Regional das Comunidades destacou ainda a dimensão pedagógica dos grupos folclóricos, que são considerados “verdadeiras escolas de vida e de cultura”.
Por outro lado, frisou que os açorianos na diáspora, "num saudosismo destemido, anseiam sempre por uma chamarrita ou por um pézinho que os transporte de regresso à terra onde mergulham as suas raízes”, acrescentando que se trata de "um regresso despoletado por um ADN que lhes está incutido nas veias, ao qual Vitorino Nemésio denominou de Açorianidade”.
“Os grupos folclóricos das nossas comunidades têm funcionado como agentes promotores da interculturalidade, fator que aproxima os portugueses das outras etnias que partilham os mesmos espaços através de um conhecimento recíproco, promotor de laços de boa convivência, construtor de paz e de progresso”, afirmou.
Nesse sentido, Paulo Teves apelou aos grupos folclóricos para que “não descurem da grande missão que lhes cabe de nunca esquecerem a sua responsabilidade em manter presente o nosso passado, deixando assim um legado para as gerações vindouras”.
O "Congresso Mundial do Folclore: Comunidades e Lusofonia", que decorre na ilha Terceira até 11 de junho, é organizado pela Federação de Folclore Português e conta com o apoio do Governo dos Açores, através da Direção Regional das Comunidades, que possibilitou a participação de conferencistas do Brasil, Canadá e Estados Unidos da América.