O número de bovinos da raça açoriana Ramo Grande, apurada inicialmente na ilha Terceira e hoje presente em seis ilhas da Região, cresceu de 227 unidades, em 1996, para 1.640, no final de 2011. No mesmo período, o número de criadores subiu de 125 para 274.
Os números foram revelados na noite desta sexta-feira, nas Lajes, ilha Terceira, pelo Diretor Regional do Desenvolvimento Agrário, numa reunião com criadores de bovinos da raça, a que se seguiu a apresentação da recém-formada Associação de Criadores de Bovinos da Raça Ramo Grande dos Açores.
Joaquim Pires saudou o empenho e dedicação dos produtores destes bovinos, pela importância que têm em termos económicos e sociais, mas, sobretudo, pela carga emotiva que representa a sua criação, uma vez que há outras raças importadas que são mais produtivas.
O Diretor Regional referiu, a propósito, o papel que estes animais de porte impressionante têm na etnografia das nossas ilhas, sendo apreciados pela população em desfiles etnográficos e em exposições agropecuárias, e o orgulho justificado que os seus donos têm em apresentá-los nessas ocasiões.
Falando da criação da associação, Joaquim Pires disse ser um passo importante para a afirmação da raça e para a organização dos criadores, com benefício para todos.
Congratulou-se, também, pelo facto de os corpos sociais da agremiação incluírem produtores das seis ilhas onde existem animais Ramo Grande (Terceira, São Jorge, Pico, Faial, Graciosa e São Miguel).
O responsável pelo desenvolvimento agrário garantiu, em nome do Secretário Regional da Agricultura e Florestas, o apoio do Governo às iniciativas da associação que visem promover a raça Ramo Grande.