Interesse da NASA pelo vulcão dos Capelinhos comprova que os Açores são um laboratório vivo, afirma Gui Menezes
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia considerou hoje que o projeto da NASA para utilizar o vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial, como modelo de estudo para uma missão a Marte “é muito importante”, realçando o “potencial” que os Açores têm enquanto “laboratório vivo em vários domínios científicos, não só, como neste caso, na geologia e no estudo desta paisagem, ligado à exploração espacial”.
Gui Menezes, que falava durante uma visita ao local liderada pelo cientista da NASA James Garvin, frisou que o Governo dos Açores “tenta promover o arquipélago em vários domínios científicos”, apontando, como exemplos, as áreas da energia e do estudo do mar profundo.
“Os Açores são um arquipélago singular para este tipo de estudos, e o Governo Regional tem todo o interesse em atrair mais projetos de investigação e dinâmicas científicas”, afirmou.
O Secretário Regional referiu que “há sempre novos projetos de investigação a surgirem” na Região, destacando que “existem grupos científicos muito dinâmicos nos Açores em domínios como a geologia, o mar e o ambiente”.
Gui Menezes apontou ainda a climatologia e as alterações climáticas como “áreas com interesse crescente a nível mundial”, referindo que os Açores também neste domínio podem ser um laboratório vivo”.
O titular da pasta da Ciência lembrou ainda que, no âmbito do AIR Centre, será instalado, na ilha Terceira, um Centro de Observação da Terra, “que se liga também com a investigação do Espaço”, considerando que este centro “será muito importante no futuro”.
Acredita-se que Marte terá surgido há mil milhões de anos em condições idênticas às do vulcão dos Capelinhos, que nasceu do mar em 1957.
Durante a visita científica liderada por James Garvin foram recolhidas imagens da paisagem do vulcão através do uso de drones.