Participação dos Açores no programa Space Surveillance and Tracking reforça notoriedade do arquipélago na área espacial, afirma Gui Menezes
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, na Horta, que o Governo dos Açores se “congratula com a formalização da adesão” de Portugal ao programa europeu Space Surveillance and Tracking (SST), “um consórcio de vigilância e monitorização de objetos espaciais”.
Gui Menezes, em declarações aos jornalistas, frisou que este projeto “tem vindo a ser desenvolvido pelo Ministério da Defesa do Governo da República, em conjunto com o Governo Regional, através da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço", recordando que, em maio, "foi aprovada" a candidatura de Portugal a este programa, que integra a Região.
O Secretário Regional defendeu que, através da entrada neste programa, o país “fica habilitado a capacitar as suas valências nas áreas industriais e no setor espacial”, apontando o "caso concreto” do centro operacional de dados, que ficará sediado Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira – TERINOV, e que “prevê a criação de emprego especializado para operar neste centro”.
“É com grande agrado que vemos mais este projeto de índole espacial ser sediado nos Açores”, afirmou, defendendo que “reforça a estratégia” da Região nesta área, e “vem possibilitar o aumento de emprego qualificado e especializado nestas áreas espaciais”.
Neste sentido, Gui Menezes considerou que a participação dos Açores no SST “reforça a notoriedade e a posição geoestratégica” do arquipélago no contexto internacional, referindo também que “abre portas a Portugal para negociar com outros estados-membros que participam neste programa europeu”.
O Secretário Regional adiantou ainda que, no âmbito do SST, há a possibilidade de ser instalado um radar nas ilhas do Grupo Ocidental.
O SST “visa a monitorização, caraterização e seguimento de objetos espaciais, nomeadamente aqueles que passam mais próximo da Terra, e que, por isso, podem constituir um perigo real não só para infraestruturas espaciais, mas também para infraestruturas terrestes e para os cidadãos”, afirmou Gui Menezes.
O titular da pasta da Tecnologia referiu ainda que, “se conseguirmos prever as trajetórias de alguns objetos espaciais, nomeadamente lixo espacial, satélites descontinuados ou mesmo meteoritos que entram na órbita terreste, podemos prever e mitigar alguns dos [potenciais] efeitos”.
No âmbito deste programa, para além do centro de operação de dados na ilha Terceira, serão também instalados dois telescópios no Pico do Areeiro, na ilha da Madeira.