O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas destacou o "percurso extraordinário" de Jean Monnet ao serviço da integração, da solidariedade e da unidade europeias, considerando que ele deve ser perspetivado como "um exemplo, pleno de atualidade, de coerência, determinação e exercício de cidadania”.
Rodrigo Oliveira falava quinta-feira na Aula Magna da Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, durante a inauguração da Exposição Evocativa de Jean Monnet, uma mostra itinerante trazida à Região pelo Núcleo de Estudantes de Estudos Europeus e Política Internacional (NEPI) da academia açoriana.
Na ocasião, o Subsecretário Regional enalteceu esta iniciativa de homenagem a “uma personalidade ímpar, que dedicou a sua vida ao projeto de integração europeia e que, por isso, é merecedora de toda a atenção por parte dos estudantes da Universidade dos Açores”.
“O que torna tão extraordinária a figura de Jean Monnet, considerado um dos pais fundadores da Europa, a par de nomes incontornáveis como Schuman, Adenauer ou De Gasperi, é o facto de ser, efetivamente, o verdadeiro mentor e impulsionador do projeto europeu”, afirmou Rodrigo Oliveira.
Para o Subsecretário Regional, o homenageado foi um “visionário pragmático, nas palavras de Robert Schuman, que, apesar de diversas adversidades, como os falhanços da união política entre a França e o Reino Unido, no início da II Guerra Mundial, ou, depois, da Comunidade Europeia de Defesa, continuou fiel aos seus propósitos e não desistiu do seu papel de impulsionador da unidade europeia através do Comité de Ação para os Estados Unidos da Europa”.
Rodrigo Oliveira realçou também a oportunidade desta iniciativa integrar o programa do Seminário 'Regionalismo e Organização Política: A Europa, os Estados Unidos e a Relação Transatlântica', salientando, nesse contexto, que “Jean Monnet viveu e trabalhou em inúmeros países, em áreas tão diferentes como a comercial, financeira e diplomática, de onde se destaca precisamente o contacto e a influência recebida dos Estados Unidos da América e da experiência do federalismo”.
“Jean Monnet, através da força das suas convicções, bem como da sua competência e argumentação, convenceu líderes políticos e governos que o futuro passaria, obrigatoriamente, por maior integração, solidariedade e união na Europa”, afirmou.
Na sua intervenção, Rodrigo Oliveira frisou que “o general de Gaulle referiu-se, justamente, a Jean Monnet como 'O Inspirador' e é precisamente nessa perspetiva que o exemplo do seu percurso e ação devem ser realçados como fonte inspiradora para os desafios do presente, muito em particular junto dos mais jovens”.