Direção Regional da Energia fomenta a participação do setor industrial na definição da política energética
A Diretora Regional da Energia salientou, esta tarde, a
importância de “promover a ativa participação do tecido industrial na definição
da política energética dos Açores”, no âmbito da visita a três unidades
industriais, na ilha de São Miguel, a propósito da Estratégia Açoriana para a
Energia 2030 (EAE 2030).
“É precisamente com o objetivo de delinear uma política
energética regional robusta, no âmbito da EAE 2030, que explore o potencial de
cada setor gerador de riqueza nos Açores, que nos encontramos aqui hoje nestas
visitas”, às fábricas de Rações de Santana, da Cofaco e da Fromageries Bel
Portugal, reforçou Andreia Carreiro, explicando que “estamos a falar de uma
estratégia que define uma agenda para a inovação, descarbonização e segurança
do abastecimento nos Açores, através da promoção integrada da eficiência
energética e da aposta no mix energético diversificado, combinando fontes
renováveis, endógenas e soluções tecnológicas, com impacte crucial no
desenvolvimento sustentado do arquipélago”.
“Somos uma Região de mar e natureza, o que se reflete na
indústria que explora estas potencialidades”, afirmou a Diretora Regional,
salientando que “impulsionar a otimização do setor industrial em termos
energéticos é potenciar a sua capacidade de gerar riqueza e emprego nos Açores,
em harmonia com a sustentabilidade ambiental”.
Segundo Andreia Carreiro, este é um setor com
“representatividade no consumo energético a nível regional, uma vez que, no ano
transato, cerca de 6% dos combustíveis fósseis importados para os Açores
destinaram-se à indústria que foi, ainda, responsável pelo consumo de 18% da
energia elétrica produzida na Região”.
“Pretendemos auxiliar o tecido industrial a definir
estratégias que maximizem o seu potencial em termos de uso racional da energia,
quer através da disponibilização de informação sobre a matéria, quer através de
sistemas de incentivos, com o intuito de impulsionar o desenvolvimento da
economia regional de baixo carbono”, assegurou.
A Diretora Regional referiu que “a eficiência energética é
uma das condições necessárias para fazer face às necessidades crescentes de
serviços de energia neste setor, concretizando-se através da seleção otimizada
das formas de energia escolhidas pela unidade industrial e pela racionalização
do seu consumo”, explicando que a atuação no setor deve reger-se pela “procura
permanente da minimização das perdas energéticas nos processos e nas
atividades”.
“A indústria tem ainda o potencial de contribuir fortemente
para a transição energética regional, uma vez que, como se tem verificado a
nível europeu, o setor tem assumido um papel relevante na mudança para as redes
inteligentes (smart grids), contribuindo com flexibilização de consumos, de
acordo com os requisitos da rede, traduzindo-se numa maior capacidade de integração
de fontes de energia renováveis”, acrescentou.