A redução da abstenção não pode ser um ato de contrição eleitoral mas uma preocupação constante, defendeu Berto Messias
O estudo sobre a abstenção eleitoral nos Açores, aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, será um “importantíssimo contributo para que possamos perceber mais aprofundadamente os problemas que decorrem da abstenção na nossa Região, aquilo que causa essa abstenção, sejam fatores políticos, sociais, económicos ou técnicos”, defendeu o Secretário Regional Adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares.
Berto Messias falava esta quinta-feira, na cidade da Horta.
O secretário regional saudou o “consenso que a proposta de realização deste estudo representou”, bem como a “forma como foram definidos os pressupostos que estarão em estudo nesta questão e a forma como se definem as parcerias que este estudo vai desenvolver”.
Berto Messias considerou que este estudo “não deve ser um trabalho de políticos para políticos”, mas antes “envolver também a sociedade civil e aqueles que estão a desenvolver investigação sobre estas matérias há longos anos”.
Para o secretário regional, a abstenção e as preocupações à volta da abstenção “não são questões que devam ser tidas em conta nas semanas que antecedem as eleições ou muito menos um ato de contrição pós-eleitoral; devem ser uma preocupação permanente”.
“Não há melhor contributo que um governo ou os partidos políticos nas suas funções - sejam executivas ou legislativas, sejam a nível regional, de município ou mesmo de freguesia - de combater a abstenção, do que estar sintonizados com os problemas das pessoas todos os dias, de forma a conseguir responder positivamente aos seus anseios e preocupações”, frisou o Secretário Regional Adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias.