O Diretor Regional da Cultura afirmou quinta-feira à noite, na ilha do Faial, que o livro de Dimas Simas Lopes Sonata para um Viajante constitui uma “revelação” de um escritor “muito promissor” nos Açores.
A opinião foi expressa por Jorge Bruno em declarações à margem da sessão de apresentação daquela obra, integrada na Festa do Livro da Horta, que decorre até domingo na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça.
Para o Diretor Regional da Cultura, Sonata para um Viajante “traz uma novidade em termos da escrita textual” e, não sendo propriamente um romance, é mais do que um diário e do que uma autobiografia e “é uma obra que fascina qualquer leitor”.
Relevo “a importância desta obra no contexto daquilo que tem sido publicado e editado nos Açores no domínio da literatura”, disse ainda Jorge Bruno, adiantando que a sua presença naquela cerimónia pretendia assinalar um “apoio institucional” do Governo dos Açores àquela edição.
Nesta ocasião, conclui aquele responsável, “quero saudar todos os escritores dos Açores através do Dimas Simas Lopes, porque [esta] é mais uma obra que contribui para o imaginário da escrita no domínio da literatura no âmbito da temática açoriana”.
Médico cardiologista e artista plástico, Dimas Simas Lopes é natural da ilha Terceira, tendo realizado nas últimas duas décadas várias dezenas de exposições individuais e coletivas em galerias e outros espaços públicos nos Açores, Porto, Coimbra, Lisboa, Itália, Brasil, Estados Unidos.
Entre outras, pintou as séries “A Cor da Palavra”, “O Outro Lado da Terra”, “O Ouro e os Mitos” e “Sinais da Matéria” e, na ilha Terceira, está representado com pintura mural na Igreja de São Pedro e Impérios do Espírito Santo, nos Biscoitos, Capela do Hospital de Angra do Heroísmo e com quadros em coleções espalhadas por vários países.
A partir de 1998, iniciou também a prática de escultura em metais, concebendo maquetas como propostas de arte pública, e em 2004 fundou na ilha Terceira a Carmina Galeria de Arte Contemporânea.