O Ciclo de Cinema subordinado à temática “A Música e os Musicais” terá início na próxima segunda-feira, dia 6 de Junho, na Sala de Projecção Colectiva da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, prolongando-se durante os próximos dois meses.

Promovendo a celebração da música em toda a sua diversidade, esta selecção de filmes procura dar a conhecer alguns dos musicais mais emblemáticos do cinema, a influência dos diversos géneros, bem como a importância das bandas sonoras que permanecem na nossa memória colectiva e, mais recentemente, o impacto audiovisual dos concertos ao vivo.

Se o cinema nunca prescindiu da música, a importância desta variou ao longo dos tempos. De facto, o musical tornou-se um género tipicamente americano, ao transferir para a tela o music hall e o vaudeville da Broadway.

Os anos 50 foram marcados por grandes filmes como Serenata à Chuva de Gene Kelly. Nos anos 60, West Side Story de Jerome Robbins e Robert Wise e Música no Coração, também realizado por Wise, tornaram-se clássicos inesquecíveis. Na década de 70 foram vários os géneros musicais desenvolvidos em filme.

Por sua vez, o rock and roll foi a expressão de uma juventude inquieta, a que o cinema deu a visibilidade de que precisava. Exemplos são o pop rock e a canção de protesto nos filmes Woodstock de Michael Wadleigh e Jesus Christ Superstar de Norman Jewison.

A exploração de outros géneros musicais continuou com a música de dança ao som dos Bee Gees no filme Febre de Sábado à Noite de John Badham e Grease de Randal Kleiser.

Os grandes ícones da música foram também imortalizados no cinema como nos mostra o filme de Oliver Stone, The Doors, numa homenagem ao famoso grupo dos anos 60.

Toda a selecção de filmes poderá ser visionada na Sala de Projecção Colectiva, diariamente, de manhã para o público infanto-juvenil e à tarde para o público adulto.

O ciclo de cinema será complementado com uma mostra, patente no átrio da Biblioteca, de capas de discos em vinil (pertencentes a uma colecção particular). Este suporte já superado pelas novas tecnologias subsiste hoje como objecto de culto e fará certamente reviver no tempo os mais crescidos e fomentar a curiosidade nas novas gerações habituadas à era digital.