Açores são das regiões do país que mais contribuem para o programa nacional de prospeção de organismos nocivos à agricultura e florestas
Os Açores são das regiões do país que mais contribuem para o programa nacional de prospeção de organismos nocivos para o setor agrícola e florestal, tendo realizado no último ano 4.577 observações visuais, instalado 1.956 armadilhas e analisado 6.631 amostras, informou hoje a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.
O balanço nacional do programa relativo a 2017 foi feito na reunião anual que decorreu na Direção Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV), em Lisboa, onde, uma vez mais, foi destacado o elevado contributo da Região.
No último ano, as prospeções nos Açores incidiram em cerca de meia centena de organismos nocivos, dos quais 40 são abrangidos pelo cofinanciamento europeu.
As prospeções foram efetuadas por técnicos especializados na área da fitossanidade dos Serviços de Desenvolvimento Agrário das várias ilhas, da Direção Regional dos Recursos Florestais e da Direção Regional da Agricultura, tendo os locais de prospeção sido definidos de forma a cobrir a totalidade do arquipélago.
A identificação dos organismos presentes nas amostras é assegurada nos Açores pelo Laboratório Regional de Sanidade Vegetal (LRSV), com valências nas áreas da Micologia, Bacteriologia, Entomologia, Nematologia e Virologia, que possui um corpo técnico altamente qualificado.
Por esta razão, o recurso ao Laboratório do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) é feito apenas em casos pontuais e para confirmação de alguns casos positivos.
Desde 2015 que a Região integra a candidatura de Portugal ao cofinanciamento dos programas de prospeção, de acordo com o previsto no Regulamento (UE) N.º 652/2014, de 15 de maio.
Em 2018, para dar cumprimento às exigências relativas ao plano de prospeção da bactéria Xylella fastidiosa, o LRSV vai adquirir um termociclador, que permitirá implementar o diagnóstico recorrendo ao 'PCR Real time', constituindo, deste modo, uma mais valia, sobretudo nas áreas da bacteriologia e da micologia.
O cumprimento do Plano de Prospeção Fitossanitário na Região Autónoma dos Açores é de primordial importância para a manutenção do estatuto de zona protegida relativamente a algumas pragas e doenças existentes fora do arquipélago e para a monitorização e identificação de forma célere de novos organismos nocivos que, caso se instalem, constituirão uma ameaça para as culturas agrícolas e florestais da Região.