A Secretária Regional da Agricultura e Florestas, através da Direção Regional dos Recursos Florestais, está a participar, em Oeiras, numa cimeira internacional dedicada à inovação no setor cinegético, à partilha, divulgação e disseminação de experiências, novos conhecimentos e resultados de projetos de investigação nacionais e europeus com impacto na fauna silvestre, exploração de espécies cinegéticas, gestão cinegética, caça e biodiversidade.

No evento, intitulado 'Wildlife & Game Management Innovation Summit', organizado pelo Centro de Competências para o Estudo, Gestão e Sustentabilidade das Espécies Cinegéticas e Biodiversidade (CCEGSECB), estão em análise temáticas como a bio-ecologia e monitorização das espécies cinegéticas, a sanidade e genética das espécies cinegéticas, as boas práticas de gestão, conservação da natureza e biodiversidade, bem como a ética, cultura, socio-economia, políticas e estratégias.

Dois técnicos da Direção Regional dos Recursos Florestais apresentam nas suas comunicações a forma sustentável como a caça é gerida nos Açores, abordando as principais ferramentas de gestão que se utilizam e que passam, essencialmente, pelo investimento no conhecimento da biologia e ecologia das espécies cinegéticas regionais, na monitorização da variação da sua abundância populacional e no acompanhamento da evolução do esforço de caça, a partir da concessão de licença de caça para cada ilha, da recolha de dados sobre as jornadas de caça e do estabelecimento de calendários venatórios anuais ajustados às circunstâncias do momento, permitindo uma gestão sustentável dos recursos cinegéticos regionais.

Uma das comunicações dá a conhecer, especificamente, a metodologia utilizada na monitorização da variação do coelho-bravo em cada ilha e as medidas implementadas para avaliação e acompanhamento do impacto da DHV na Região.

A outra é dedicada a demonstrar a importância cinegética da codorniz (Cotunix coturnix conturbans), enquanto sub-espécie endémica dos Açores, apresentando os resultados da implementação de três métodos para a monitorização da evolução da sua abundância.

As comunicações açorianas salientam a forma como a caça é gerida na Região, com respeito pelos princípios da sustentabilidade, salvaguardando uma prática ancestral, que, bem gerida, é fundamental para o equilíbrio de populações de espécies selvagens.