A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, através da Direção Regional dos Recursos Florestais, realiza, a 20 de outubro, na ilha de São Miguel, um fórum sobre a caça nos Açores, dedicado à reflexão sobre a temática da sustentabilidade e dos desafios desta atividade de caráter lúdico com tradição no arquipélago.

O evento, aberto ao público e organizado pelo Governo dos Açores, Câmara Municipal de Vila Franca do Campo e Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, vai reunir cerca de uma centena de participantes, entre caçadores, técnicos da Secretaria Regional e interessados pela caça.

A sessão de abertura deste fórum, que terá lugar no Centro Cultural de Vila Franca do Campo, conta com a presença do Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte.

O programa inclui a análise de várias temáticas, com diversos oradores, nomeadamente uma abordagem à nova legislação da caça nos Açores, a evolução na procura da caça e a sustentabilidade da caça, bem como os cães de caça e o bem-estar animal.

Será também abordado o papel do associativismo na caça e os seus desafios nos Açores, estando ainda prevista uma intervenção do Presidente da Assembleia Geral da Associação Micaelense de Caça, Gualter Furtado, e outra de António Emídio Santo, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que fará um enquadramento sobre a gestão cinegética em Portugal continental.

No início do ano foi aprovado na Assembleia Legislativa um novo diploma sobre a gestão dos recursos cinegéticos e o exercício da caça nos Açores, um documento estratégico e orientador, que contou com estudos científicos, teve em conta o respeito pelas diretivas comunitárias vigentes e os contributos das associações de caçadores e ambientalistas.

O Governo dos Açores tem trabalhado, ao longo dos anos, em claro diálogo com todos os parceiros deste setor com vista a garantir uma gestão sustentável dos recursos cinegéticos, com respeito pelos princípios da conservação da natureza e do equilíbrio biológico.

O sucesso da implementação de medidas de sensibilização e de formação dos caçadores em matéria de conservação ambiental, a utilização racional dos recursos cinegéticos e a adoção de medidas de segurança e de boas práticas no exercício da caça depende da existência de movimentos associativos pró-ativos, fortes e representativos dos caçadores, como os que existem atualmente na Região.

Presentemente existem 10 associações de caçadores ativas dispersas por várias ilhas do arquipélago.

Nos Açores existem 4.160 pessoas com carta regional de caçador.