A Diretora Regional da Juventude destacou hoje, em Ponta Delgada, a "grande qualidade artística e irreverência" do Festival Walk&Talk, cuja quinta edição vai decorrer entre 17 de julho e 1 de agosto.

“Numa era em que se fala em cultura pósmoderna, onde a arte tende por vezes a ser instrumentalizada pelos imperativos económicos e por um sentimento de entropia total, onde tudo tende a ser válido e não é submetido à reflexão crítica, o Festival Walk&Talk destaca-se pela sua grande qualidade artística e irreverência em relação a cânones pré-estabelecidos”, frisou Pilar Damião. 

A Diretora Regional, que falava na apresentação da quinta edição deste festival, salientou que “não foi por acaso que este evento foi referido, em 2014, no New York Times como um festival que despoletou uma vigorosa ebulição artística no meio do Atlântico".

Nesse sentido, realçou que o Governo dos Açores congratula a Associação Anda&Fala pelo seu “papel preponderante na dinamização e abertura do espaço público”.

“Não só tem conseguido aproximar novos públicos à fruição artística, como também tem potenciado o debate crítico através da realização de fóruns de discussão, sensibilização e interpretação sobre problemáticas sociais, culturais e políticas”, acrescentou.

O Festival Walk&Talk, promovido pela associação cultural ANDA&FALA Interpretação Cultural, é um evento que aborda a arte contemporânea de uma forma informal, colocando e posicionando os Açores no roteiro das regiões criativas.

O objetivo principal passa pela criação artística, assente nos artistas como embaixadores de experiência, a comunidade local enquanto prescritores e o território enquanto contexto de trabalho.

A quinta edição deste festival será marcada por residências artísticas, instalações, murais, performances, concertos, workshops e seminários, envolvendo a participação de mais de 60 artistas e da população local no processo de criação artística. 

O evento volta a apostar nos serviços educativos como forma de potenciar e envolver mais pessoas nas atividades artísticas do festival, estando também prevista a intervenção de artistas em espaços exteriores.

O programa prevê a realização de oito residências artísticas, nomeadamente a Residência de Dança Contemporânea, Laboratório de Som, Artesanato Contemporâneo, Residência CMIFurnas, Laboratório de Design, Laboratório de Fotografia, Laboratório de Arquitetura e a Residência 'Coleção de Amantes'.