Conselho da Diáspora Açoriana é “um desafio gigantesco” para os Açores, afirma Rui Bettencourt
O Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas afirmou hoje, em Saint George, nas Bermudas, que a criação, implementação e envolvimento de todos no Conselho da Diáspora Açoriana é “um desafio gigantesco” para os Açores.
“É um desafio que consiste em dizer que estes Açorianos devem ser representativos das populações onde vivem”, frisou Rui Bettencourt, salientando que a ideia é criar 19 círculos eleitorais no mundo e que, em cada um desses círculos, os Açorianos que vivem nesses territórios possam eleger um representante.
“O desafio é gigantesco. Primeiro temos que fazer o levantamento dos Açorianos no mundo, onde vivem, e depois organizar eleições para os representantes desses Açorianos”, referiu o governante, que falava na XXII Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores.
Rui Bettencourt afirmou que “a ideia de fazer um Conselho da Diáspora é a ideia de, desde logo, envolver os Açorianos todos no projeto açoriano”.
Na sua intervenção, o Secretário Regional voltou a frisar que os Açores têm “uma das diásporas mais expressivas do mundo”, a que se junta uma outra caraterística “interessante” dos Açorianos no mundo, que é o facto de terem “uma grande diversidade”, com diferentes histórias de emigração nos vários territórios.
“Temos uma caraterística comum, que é o nosso apego aos Açores, com maneiras diferentes de ter um apego, e a nossa identidade” afirmou.
Rui Bettencourt salientou algumas caraterísticas deste Conselho, que é “diferente” dos demais porque “coloca como objetivo não só falar dos nossos problemas em todo o mundo, mas também falar do projeto açoriano, ou seja, a ideia é dizer aos Açorianos que há no mundo que vamos tentar organizar as coisas para que eles possam envolver-se na definição do que é o projeto açoriano”.
“A segunda diferença e aquilo que carateriza mais este Conselho da Diáspora Açoriana é que, como sabem, o Estatuto dos Açores como Região Autónoma fala em Povo Açoriano. Pela primeira vez, temos uma legislação que coloca o que é ser Açoriano e a ideia que ser Açoriano não é só aqueles que nasceram nos Açores, mas também aqueles que descendem de Açorianos”.
O Secretário Regional salientou ainda uma terceira caraterística deste Conselho, presidido pelo Presidente do Governo, e que pretende envolver os Açorianos no projeto de desenvolvimento dos Açores.
O titular da pasta das Relações Externas sublinhou também a importância das Casas dos Açores como “parceiros institucionais” neste Conselho e realçou o significado do envolvimento da Assembleia Legislativa neste processo e a participação de todos os partidos políticos à volta desta questão.