A directora regional das Comunidades participou, quarta-feira, na abertura da IV Semana Cultural da Casa dos Açores no Algarve, que decorreu no salão Nobre da Câmara Municipal de Faro, na presença do seu Presidente, Macário Correia e do Presidente da Casa dos Açores, Ruben Santos.
Graça Castanho agradeceu o constante apoio institucional oferecido pela Câmara de Faro às iniciativas da Casa dos Açores, congratulou a Casa e a vasta audiência de açorianos pelo excelente trabalho realizado em prol da promoção dos Açores e da cultura açoriana em terras algarvias, tendo também recordado os momentos da história que aproximaram os algarvios dos açorianos.
A este propósito, lembrou que "para os açorianos vir ao continente é um retorno às origens, é como visitar a casa paterna. Mas, nesta relação de pais e filhos, é bom que o povo que esteve na base do povoamento das ilhas vá aos Açores para testemunhar o que os nossos antepassados e as gentes de hoje conseguiram construir no arquipélago açoriano. Os Açores são, de facto, motivo de orgulho do todo nacional".
Explicitando os motivos que levaram à visita da Directora Regional das Comunidades ao Algarve, adiantou que "atendendo ao passado comum e aos interesses do presente, há toda a vantagem em os Açores e o Algarve, através da Casa dos Açores, estreitarem relações em áreas como o turismo, oceanografia, pescas, envolvendo as Universidades de ambos os espaços geográficos, instituições e organismos que favoreçam o intercâmbio de experiências e aprendizagens".
Sem esquecer que o Algarve é um dos espaços mais multiculturais do país, com uma relação forte com diferentes países europeus, Graça Castanho chamou a atenção para "o potencial do Algarve no processo de internacionalização dos Açores, rumo à Europa, com a ajuda dos açorianos e açorianas residentes no sul do país, congregados em torno da Casa dos Açores".
Lembrou ainda que à Casa dos Açores do Algarve se deve grande parte da divulgação e promoção dos Açores naquela parte do país, bem como o resgate e a preservação das festividades ao Divino Espírito Santo, já há muito desaparecidas das práticas religiosas e profanas do povo algarvio.
"Com coragem, tenacidade e persistência, os dirigentes da Casa dos Açores têm conseguido inscrever na agenda cultural do Algarve o fenómeno religioso que mais caracteriza os Açores e mantém os açorianos e a sua diáspora unida - o culto ao Divino Espírito Santo".
Para além das intervenções dos restantes membros da mesa, no decorrer da sessão, foi apresentada a obra do dramaturgo açoriano Norberto Ávila," A Paixão Segundo João Mateus".