No passado dia 9 de Fevereiro comemorou-se o 1º Centenário do Nascimento do romancista cabo-verdiano Manuel Lopes (1907-2005), que viveu durante 11 anos na ilha do Faial. Promovida pela Direcção Regional das Comunidades, em parceria com a Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, a homenagem ao co-fundador e primeiro director da revista “Claridade” decorreu na Sociedade Amor da Pátria, na ilha do Faial, e contou com o apoio da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa.
Funcionário da companhia telegráfica Western Telegraph, Manuel Lopes viveu na ilha do Faial entre 1944 e 1956, onde ajudou a fundar, em 1955, o Núcleo Cultural da Horta.
A sessão comemorativa iniciou-se pelas 20H30 com a inauguração da exposição fotográfica Rostos da Claridade, de Jorge Martins.
A partir da 21h00, assistiu-se às seguintes comunicações:
A importância da passagem de Manuel Lopes pelo Faial, por Henrique Melo Barreiros;
Memórias do tempo em que Manuel Lopes viveu no Faial, por Gilberto Lopes (filho do Manuel Lopes);
Açores e Cabo Verde, Afinidades literárias. Manuel Lopes e a geração literária açoriana do Pós-Guerra. A reanimação da “Questão da Literatura Açoriana”, por Eduíno de Jesus;
Açores e Cabo Verde. Desígnios da emigração nos dois arquipélagos. História e actualidade, por Alzira Silva.
De igual modo, o Embaixador de Cabo Verde em Portugal interviu no final das comunicações, seguido de um momento de leitura de poemas de Manuel Lopes, por Rui Simões, Teresa Barradas e Victor Rui Dores.
A finalizar a sessão, subiu ao palco o grupo CVA, uma banda musical de cabo-verdianos residentes na ilha de São Miguel, onde interpretaram temas de Cesária Évora e Tito Paris, mornas e coladeiras.
A exposição esteve patente na Sociedade "Amor da Pátria, de 9 a 16 de Fevereiro.
Fotos: Ricardo Guilherme