As ilhas das Flores e do Corvo, que formam o grupo ocidental do arquipélago dos Açores, foram o palco da XIX Assembleia-Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores (CMCA), realizada de 8 a 10 de setembro.
Presidida pela Casa dos Açores de São Paulo, a assembleia de 2016 do CMCA contou com a presença das 13 Casas dos Açores que integram este conselho, provenientes do Canadá (Ontário, Quebeque e Winnipeg), Estados Unidos (Nova Inglaterra e Hilmar), Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Uruguai e Portugal continental (Norte, Lisboa e Algarve). Na assembleia deste ano esteve ainda presente, na qualidade de observadora, da Casa dos Açores das Bermudas, instituição que acabou por ser admitida como membro do CMCA.
Durante os três dias do CMCA, as Casas dos Açores reuniram-se em diversas sessões de trabalho que serviram para fazer um balanço das atividades realizadas e analisar os principais desafios que são colocados às comunidades açorianas da diáspora.
O programa da XIX Assembleia-Geral do CMCA contou com a realização das conferências “Realidade e desafios da ilha das Flores”, a cargo de Luís Maciel e de José Mendes, presidentes da Câmara Municipal das Lajes das Flores e de Santa Cruz das Flores, respetivamente, e “40 anos de Autonomia dos Açores”, apresentada por Francisco Coelho, deputado regional e presidente da ALRAA de 2008 a 2012.
No último dia desta reunião, teve lugar, na Fajazinha, Ilha das Flores, a cerimónia de atribuição da Medalha de Mérito do CMCA, entregue este ano à Universidade dos Açores. Foram também atribuídas medalhas a Manuel Medeiros, fundador da Casa dos Açores de São Paulo, e à empresa brasileira ARPREX/MAJAM, pelo emprego dado aos emigrantes açorianos e pelo apoio na preservação das tradições da Região neste país.
O CMCA distinguiu ainda, com o certificado de “Produto Açoriano de Qualidade”, o trabalho em miolo de hortência, distinção recebida por Maria Azevedo, artesã da ilha das Flores. A cerimónia finalizou com a passagem da presidência do CMCA, que em 2017 estará a cargo da Casa dos Açores de Toronto.
O CMCA foi criado a 13 de novembro de 1997, na cidade da Horta, Ilha do Faial, com a finalidade de promover e desenvolver atividades que contribuam para a afirmação dos Açores e da sua diáspora, bem como para a promoção de relações sociais, culturais e económicas entre o arquipélago e os territórios onde estão inseridas cada uma das instituições que o integram.
A Direção Regional das Comunidades participou na organização das atividades inerentes ao evento, prestando apoio ao CMCA, tendo em vista aproximar ainda mais o Governo Regional e as comunidades da diáspora, promovendo e incentivando a união e o compromisso entre os intervenientes em prol da preservação da identidade açoriana.