Comunidades, cultura e turismo em destaque no Encontro de Genealogia Açoriana, em abril, na Terceira
O Diretor Regional das Comunidades anunciou, em Florianópolis, no Brasil, que o Encontro Internacional de Genealogia Açoriana vai decorrer de 16 a 19 de abril de 2020, na ilha Terceira.
Paulo Teves, que falava sexta-feira na reunião do Conselho Deliberativo do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA), da Universidade Federal de Santa Catarina, que decorreu nas instalações do Centro Integrado de Cultura da Fundação Catarinense de Cultura, considerou ser “essencial congregar as diversas instituições que trabalham com a área da genealogia nas comunidades açorianas e partilhar informações que potenciem um maior conhecimento das raízes de milhares de açordescendentes”.
“Temos assistido a um crescimento na procura das suas raízes nos Açores, quer através de viagens de vários grupos de descendentes, quer pelo pedido de informações junto de diversos institutos de genealogia e de centros de arquivo em vários países”, salientou o Diretor Regional, frisando que este encontro internacional pretende também “contribuir para uma maior divulgação do arquipélago e aprofundar o conhecimento do percurso migratório do Povo Açoriano”.
“É neste sentido que o evento irá desenvolver-se em três áreas - Comunidades, Cultura e Turismo -, porque estão interligadas e constituem um importante instrumento de valorização da nossa história e das nossas gentes”, adiantou Paulo Teves.
Ainda no âmbito da reunião do NEA, cujas atividades são apoiadas pelo Governo dos Açores, através da Direção Regional das Comunidades, Paulo Teves destacou o trabalho desenvolvido, não apenas por este instituto, mas também pelas diversas organizações e municípios que compõem o seu conselho, considerando que “têm contribuído, em variadas áreas, para o regaste e perpetuação do património identitário açoriano existente em Santa Catarina desde 1748”.
“A missão que cada um de vós assumiu e assume na dinamização da Açorianidade neste Estado, procurando novas formas de atuação e junto de públicos diversos e cada vez mais novos, constitui a responsabilidade de assegurar, junto das gerações vindouras, a manutenção do legado deixado pelos pioneiros açorianos”, afirmou.
Criado em 1984, na Universidade Federal de Santa Catarina, este departamento veio contribuir para um maior aprofundamento sobre a história dos povos Catarinense e Açoriano, tendo-se adaptado, ao longo dos anos, às necessidades e prioridades de expansão da investigação e dinamização de diversos nichos de raiz açoriana naquele estado.
Atualmente, as suas parcerias com mais de 40 municípios catarinenses, numa abrangência territorial de 15 mil quilómetros quadrados e de mais de um milhão de pessoas, conferem-lhe uma extrema importância, não apenas no mundo académico, mas também na redescoberta das raízes de inúmeras pessoas, locais, instituições e manifestações.´
O Diretor Regional das Comunidades visitou também o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, que recentemente inaugurou a Biblioteca Açoriana António Machado Pires, e que contou com o apoio do Governo dos Açores na oferta de dezenas de livros de autores açorianos.
Na ocasião, o presidente do instituto entregou a Medalha de Mérito Henrique da Silva Fontes à Direção Regional das Comunidade em reconhecimento pelo trabalho desenvolvido com aquela organização em prol da Açorianidade em Santa Catarina.