A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo sublinhou hoje a conclusão das obras da Grota da Cancela, na Pedreira, concelho do Nordeste, como “mais um compromisso cumprido” do Governo dos Açores na proteção e segurança dos Açorianos e dos seus bens, num investimento de cerca de 2,4 milhões de euros.

Marta Guerreiro falava na inauguração das obras que permitiram o amortecimento e retenção de caudais sólidos na Grota da Cancela e a construção de passagens hidráulicas na estrada adjacente.

A titular da pasta do Ambiente lembrou que esta foi “uma obra necessária”, na sequência das chuvas intensas ocorridas a 3 de setembro de 2015, tendo a Grota da Cancela transbordado e verificando-se o arrastamento de material sólido, como árvores, terras e pedras.

“Tudo faremos para reduzir riscos e melhorar a segurança da nossa população”, assegurou a governante, salientando que a “ação preventiva e de monitorização é fundamental” na persecução das políticas públicas.

Na ocasião, a Secretária Regional lembrou o aumento de investimento anual em empreitadas que tem sido realizado, “preventivamente”, em ribeiras e açudes por toda a Região, após planos de identificação das respetivas prioridades, para além de investimentos em “ocorrências climáticas adversas” destinadas a repor a normalidade e prevenir situações futuras de risco, “como é este caso”.

Neste âmbito, Marta Guerreiro frisou que “o Governo dos Açores tem apostado no reforço da monitorização no terreno do estado das ribeiras, através dos serviços da Direção Regional do Ambiente”.

Na sequência desse empenho, em 2019, o número de ocorrências relatadas pelo Relatório do Estado das Ribeiras dos Açores é inferior à média dos últimos cinco anos (224), embora o número total de relatórios (554) seja o mais elevado de todos os anos, essencialmente devido ao aumento do número de formulários históricos (291), também o mais alto até à data.

Ao nível do planeamento dos recursos hídricos, a Secretária Regional realçou o processo em curso que visa a alteração do Plano Regional da Água, com o objetivo da sua adequação às atuais condições económicas, sociais, culturais e ambientais e o ajuste ao atual quadro normativo no domínio do planeamento e gestão dos recursos hídricos.

Outro dos destaques apontados pela governante foi a aprovação do Programa Regional para as Alterações Climáticas, o qual dedica uma parte da sua abrangência às questões da água e da gestão dos recursos hídricos, “tendo em conta a importância da adequada prevenção dos riscos associados a situações hidrológicas extremas que possam ganhar maior acuidade no contexto atual”.