Os percursos de inserção de indivíduos com problemas de CAD são lentos e atribulados, exigindo intervenções globais e sistémicas que contribuam para a sua sustentabilidade. Assim, a abordagem no âmbito da inserção social ultrapassa a correção dos comportamentos e das atitudes dos indivíduos, centrando-se também na transformação, não menos profunda, das instituições, dos agentes sociais e económicos. O acompanhamento dos processos de inserção constitui por si, uma estratégia que garante a avaliação permanente do percurso, a correção de opções e o apoio de retaguarda ao indivíduo, numa lógica proactiva de prevenção da recaída. (SICAD,2018)
Interessa adequar as estratégias de intervenção à situação em que o indivíduo se encontra, o que se traduz na integração das intervenções entre os vários tipos de intervenção, procurando sempre garantir uma abordagem baseada numa lógica de satisfação das necessidades do individuo, adequando as respostas disponíveis às intervenções diagnosticadas como necessárias (SICAD, 2018)
O modelo de intervenção em reinserção aponta para uma intervenção integrada que contempla as dimensões indivíduo e sistemas sociais, onde a família tem um papel fundamental. As estratégias sistemáticas de acompanhamento e de mediação social, transversais aos processos de reabilitação, são consideradas como fundamentais para o processo de reabilitação das pessoas com comportamentos aditivos e dependências, consubstanciando-se na definição, avaliação e follow up de planos individuais de inserção e, no que respeita à mediação social, no desenvolvimento de estratégias integradas de atuação em cada uma das dimensões, indivíduo, família e sistemas sociais, e na relação entre elas.
PRESSUPOSTOS
Colocar o cidadão no centro da ação;
Avaliar as necessidades multidimensionais específicas do cidadão;
Estabelecer uma relação significativa com a pessoa;
Negociação e contratualização do Plano Individual de Inserção;
Intervir numa lógica de resposta integrada, em equipa e articulação interinstitucional;
Assegurar o acompanhamento sistemático e continuado do cidadão no processo de autonomização e de inserção;
Garantir o desenvolvimento de práticas de mediação social.
FASES DA INTERVENÇÃO
Avaliação da situação inicial com elaboração do Diagnóstico Social;
Planeamento e implementação do Plano Individual de Inserção;
Avaliação Intermédia do Plano Individual de Inserção;
Avaliação final do Plano Individual de Inserção;
Alta Social;
Follow up
(SICAD, 2018)