A malária ou paludismo é causada por um parasita denominado Plasmodium que se transmite através da picada de mosquitos infetados. No organismo humano, o Plasmodium multiplica-se no fígado, infetando, posteriormente, os glóbulos vermelhos.
Entre os sintomas da malária destacam-se a febre, cefaleias e vómitos, que, geralmente, surgem cerca de 10 a 15 dias após a picada de mosquito. Se não é tratada, a malária pode colocar em risco a vida do doente uma vez que altera o aporte de sangue aos órgãos vitais.
Nos últimos 3 anos (2009, 2010 e 2011) foram registados na região de Lakonia (Evrotas) clusters de casos de malária por Plasmodium vivax em residentes sem história de viagem a regiões endémicas.
Em 2011 também foram reportados casos na região de Evoia (Chalkida).
Já foram tomadas a nível local medidas de monitorização e controlo de vectores, aumento da vigilância de casos humanos e testes em amostras de sangue de dadores.
Todavia, não se exclui a possibilidade de importação de casos humanos provenientes daquelas regiões na Grécia.
O mosquito Anopheles, vector de Plasmodium, está presente em diferentes regiões do sul da Europa, incluindo Portugal (Anopheles atroparvus), embora a doença tenha sido eliminada, pelo que o alerta inclui também a recomendação dos profissionais de saúde dos países onde o vector existe terem atenção à presença de sintomatologia sugestiva mesmo em indivíduos sem história de viagens.
Assim, recomenda-se que nas situações de viagem para a Grécia, nomeadamente, para as regiões de Lakonia e Evoia, se tomem as devidas precauções para prevenção da picada de mosquito, nomeadamente, pela utilização de repelentes tópicos, mosquiteiros e insecticidas de ação prolongada.
Mais se recomenda que, em caso de aparecimento de sintomas sugestivos de malária nos 10 a 15 dias posteriores a deslocações para aquelas regiões, deve a situação de viagem ser reportada nos serviços de saúde que efetuem o atendimento.